Contra a precariedade, pela vinculação laboral, pelo descongelamento de carreiras, por aumentos salariais, pelo descongelamento de carreiras, por aumentos salariaismilhares de trabalhadores da Administração Pública desfilaram na tarde do passado dia 18 de novembro em Lisboa, numa combativa afirmação nacional de luta. Professores oriundos de todo o país marcaram presença e reforçaram, assim, a sua intervenção no combate pelos grandes desafios socio-profissionais.
A manifestação, convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, decorreu entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, onde se debate o Orçamento do Estado para 2017. A chuva não desmobilizou os participantes.
A participação dos docentes nesta ação de luta, bem visível através das bandeiras dos sindicatos da FENPROF e na intervenção de Dulce Pinheiro, na concentração já em São Bento, esteve diretamente relacionada com preocupações e objetivos fundamentais da profissão docente, entre os quais o descongelamento da progressão nas carreiras e a atualização dos salários, a aprovação de um regime de aposentação justo que, no caso dos professores, tenha em conta o elevado desgaste que resulta do exercício da sua profissão; a consagração do direito à vinculação no respeito pelo que impõe a Diretiva Comunitária 1999/70/CE; e a reorganização dos horários de trabalho, designadamente uma definição clara dos conteúdos funcionais das componentes letiva e não letiva de estabelecimento, e, no ensino superior, o cumprimento da lei quanto às cargas letivas, temas abordados por Dulce Pinheiro.
Professores em ação!
Como destaca uma recente nota de imprensa do Secretariado Nacional da FENPROF, a participação nesta manifestação e o apelo à mobilização dos docentes e investigadores, integra-se no conjunto de iniciativas que, em convergência com outros setores da Administração Pública ou em ações específicas, a FENPROF tem vindo a desenvolver (entrega de Petição na AR com mais de 15.000 assinaturas e reuniões com todos os grupos parlamentares) e ainda irá desenvolver, a próxima já no dia 23, com a concentração de professores que estão a ser vítimas de ilegalidade na carreira.
‘Emprego sim precariedade não’ e ‘A luta continua, nos serviços e na rua’, foram duas das palavras de ordem mais ouvidas, no desfile que arrancou pelas 15h00, subiu a Rua Braancamp, passou pelo Largo do Rato e desceu, depois, a Rua de São Bento, em direção à Assembleia da República.
Sem os trabalhadores da Administração Pública o País não avança – foi uma das mensagens em destaque ao longo da jornada, com destaque nas intervenções ouvidas na grande concentração em São Bento, após o desfile.
O Governo tem de dar resposta aos trabalhadores da Função Pública ainda em 2017, afirmou o Secretário Geral da CGTP-IN. Arménio Carlos sublinhou a importância da negociação e do diálogo com as organizações representativas dos trabalhadores: ‘O que estão aqui a demonstrar é que estão, juntamente com a Frente Comum, completamente disponíveis para encontrar soluções e é justo relembrar que os trabalhadores da administração pública e do sector privado tiveram um papel determinante para reverter as políticas que estavam a ser seguidas de cortes nos direitos, nos salários, nas pensões’./ JPO