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PRÉ-AVISO DE GREVE

PRÉ-AVISO DE GREVE

 

 

18 DE DEZEMBRO DE 2013, DAS ZERO ÀS VINTE QUATRO HORAS,

A TODO O SERVIÇO RELACIONADO COM A REALIZAÇÃO DA PACC

 

 

ASPL, FENPROF, SEPLEU, SIPE, SIPPEB e SPLIU, ao abrigo do artigo 57.º da Constituição da República Portuguesa e nos termos dos artigos 530.º e seguintes do Código de Trabalho e dos artigos 392.º e seguintes do Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas, aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 14 de setembro, convocam Greve Nacional de Professores e Educadores a todo o serviço que aos docentes seja atribuído em 18 de dezembro de 2013 relacionado com a realização da designada prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC), prevista no Decreto-lei n.º 146/2013, de 22 de outubro, e agendada no despacho n.º 14293-A2013, de 5 de novembro.

Esta prova, alegadamente criada para confirmação de requisitos mínimos para o acesso à profissão, é um mecanismo intolerável que lança uma suspeita generalizada sobre a competência dos professores portugueses.

  • A prova é absurda e injusta. Ao contrário da retórica do MEC, desvaloriza os professores e o trabalho que eles têm assumido nas escolas. Não deixa ninguém incólume. Não está fundamentada em estudos ou pareceres.
  • Visa objetivos não assumidos pelos seus defensores que vão da manipulação dos números do desemprego docente à introdução de novos fatores de pressão e tutela sobre a profissão.
  • A sua primeira aplicação é presságio para a utilização de instrumentos deste tipo para a seleção de docentes para outros efeitos, nomeadamente a mobilidade especial, tal como o FMI recomendava em Janeiro deste ano.

A intenção de realizar a prova desconsidera os professores, revela uma indisfarçável desconfiança nas suas formações, nas instituições em que esses as realizaram.

Por outro lado, ainda:

  • Põe em causa o trabalho que as próprias escolas vêm realizando.
  • Põe em causa as direções das escolas e agrupamentos, na medida em que faz tábua-rasa das avaliações de desempenho e, nos casos em que isso sucedeu, das próprias renovações de colocação ali decididas.

A realização da prova exige uma inútil sobrecarga de trabalho em muitas escolas para concretizar objetivos que são torpes.

Todo este processo é mais uma peça do ataque do governo à Escola Pública, para cujo aprofundamento sente a necessidade de desvalorizar a profissão docente. Se o caminho fosse outro, como devia, o governo estaria preocupado em dignificar o exercício da profissão e em criar as melhores condições para que as escolas públicas possam responder com qualidade às solicitações e desafios que as esmagam.

Para além de discriminar profissionais igualmente habilitados e avaliados que terão de realizar a prova, esta anunciada e eventual dispensa de alguns docentes não a deverá legitimar. Mas foi para a legitimar que o MEC anunciou, agora, essa dispensa. Apesar desta ser matéria de negociação obrigatória, esse anúncio não corresponde a qualquer processo negocial desenvolvido, nos termos da Lei 23/98, de 26 de maio, e nem sequer nos foi comunicada. Ainda em relação a um eventual regime de dispensas, a revogação do que vigorava desde 2010 e sua substituição por um novo, continua, na opinião das organizações subscritoras, a constituir ilegalidade, pois o anterior já permitira a muitos professores constituírem um direito que agora lhes é retirado. De resto, a questão não se coloca ao nível das dispensas mas da própria prova que as organizações sindicais subscritoras pretendem ver revogada, através da sua eliminação do ECD (Estatuto da Carreira Docente).

Acresce, por fim, que a função de vigilância ou qualquer outra relacionada com a realização deste tipo de prova por professores, não integra o conteúdo funcional da carreira docente. Estas são as razões que justificam a realização de greve a todo o serviço relacionado com a realização da prova, desde já na sua componente geral, que deverá ter lugar em 18 de dezembro de 2013.

Para os efeitos legais, caso os membros dos órgãos de gestão das escolas, usando os seus direitos, adiram à greve agora convocada, ficará responsabilizado pela segurança do edifício e de todas as pessoas que nele permaneçam o docente de carreira mais antigo da escola que não se encontre em greve.

Lisboa, 6 de dezembro de 2013

As organizações sindicais:

ASPL

FENPROF

SEPLEU

SIPE

SIPPEB

SPLIU

 

 

SPRA entrega moção aprovada em plenário

MOÇÃO

 

Contra a realização da iníqua prova de acesso à profissão docente

 

 

A realização de uma prova de acesso à profissão docente, alegadamente para a comprovação de requisitos mínimos para o seu exercício, é uma imposição intolerável deste governo. O facto de ter sido erradamente inscrita no Estatuto da Carreira Docente por um governo anterior não constitui justificação séria para a sua aplicação. Não existem estudos, pareceres ou investigações que suportem o arbítrio do governo. Os profissionais a quem ela se dirige são docentes profissionalizados que concluíram com êxito os respetivos trajetos de formação científica e pedagógica, expressamente destinados à docência e que obedecem aos requisitos habilitacionais definidos pela Lei de Bases do Sistema Educativo. Viola direitos constitucionais, nomeadamente o do livre acesso à profissão. A desconfiança sobre as instituições que asseguram essa formação é incompreensível, mais a mais tratando-se de cursos reconhecidos e financiados pelo Estado, avaliados pelos mecanismos previstos para este efeito, passíveis de correções e eventuais melhorias por parte do Ministério da Educação e Ciência. Mais incompreensível, ainda, é que essa desconfiança se abata sobre quem completou com êxito tais formações, tendo dado provas de possuir os requisitos para o exercício da profissão docente nos níveis e grupos de recrutamento respetivos.

 

Mais, a obstinação de aplicar a prova a todos os profissionais que têm sido impedidos de ingressar na carreira, pretendendo que tenham, agora, de confirmar que possuem os requisitos mínimos para serem professores ou educadores, faz tábua rasa de percursos profissionais, em muitos casos já longos, nos quais assumiram as mais diversas e difíceis funções que as escolas e os seus alunos requerem dos docentes. Faz tábua rasa das avaliações a que esses docentes foram sistematicamente sujeitos, no final dos seus contratos, sendo que estas só se justificam se, consoante os modelos que a tutela determina, espelharem o desempenho profissional dos avaliados. Desvaloriza todo o trabalho feito nas e pelas escolas onde esses docentes exerceram funções. Põe em causa as decisões de renovação de colocação que inúmeras direções de escolas e agrupamentos tomaram, de acordo com as normas legais. Reduz a nada a existência de períodos experimentais previstos na lei para os contratos a termo. Despreza todo o percurso, nomeadamente, ao nível da formação contínua e acrescida em que muitos docentes investiram.

 

Não há justificação convincente para as pretensões do governo. A referência a uma prova no programa do governo, aliás, em moldes diferentes do que o MEC está a preparar, não é argumento suficiente. Não há estudos, investigações ou pareceres que a fundamentem. Não há racionalidade que a suporte. A decisão é estritamente política, obedece a objetivos que o governo e o MEC ocultam, configura mais um repugnante ataque aos professores e educadores portugueses e, em consequência, à Escola Pública.

 

A aplicação da chamada prova de avaliação de conhecimentos e capacidades é, por si, uma decisão condenável, mas o processo está, ainda, contaminado pela forma como o MEC o tem conduzido. Desde logo, foi a imposição do processo negocial em agosto e o comportamento arrogante do MEC no seu decurso. É também a tentativa de anular as dispensas de realização da prova que já tinham sido legalmente conferidas, desde 2010. É a contradição reiterada entre declarações anteriores dos partidos que suportam o governo e o agora legislado, o que também sucede com declarações do próprio MEC. É a fixação de verdadeiras propinas para a realização da prova, dinheiro que o MEC quer extorquir àqueles que remete para o desemprego, a quem impõe a prova e que com ela pretende afastar da profissão. É o sobranceiro desrespeito, consumado na definição dos locais onde os professores terão de se deslocar para realizarem a prova, nalguns casos impossibilitando-os de o fazerem, como fica exemplificado, entre outros, com o que sucederá a docentes em exercício na Região Autónoma dos Açores ou em funções no estrangeiro. É, ainda, a desconsideração pelos próprios tribunais, ao prosseguir com atos que estão suspensos por efeito de providências cautelares interpostas pelos sindicatos da FENPROF.

 

Os professores e educadores presentes no plenário realizado, dia 28 de novembro de 2013, pelo Sindicato dos Professores da Região Açores, em Ponta Delgada, não se conformam com a pretensão do governo da República em aplicar a prova de avaliação de conhecimentos e capacidades. Neste sentido:

 

– Apelam a todos os deputados e grupos parlamentares da Assembleia da República que suspendam e revoguem a legislação que enquadra a prevista realização da prova;

 

– Assumem recorrer aos tribunais para proteção dos direitos individuais que o governo viola;

 

– Saúdam todos os professores e educadores que têm lutado contra as políticas que este governo está a desenvolver, em particular os que têm manifestado a sua oposição à iníqua prova de acesso;

 

– Afirmam a sua disponibilidade para participarem em ações de luta que contribuam para contrariar a realização da prova, nomeadamente as organizadas pela FENPROF e os seus sindicatos, e para fragilizar e acabar, de vez, com um governo que tanto mal está a fazer à Educação, aos professores e ao país;

 

– Neste sentido, comprometem-se, desde já, a envidar todos os esforços para que no próximo dia 5 de dezembro, data em que o Parlamento irá discutir a prova de acesso, haja uma grande concentração de protesto dos professores e educadores junto à Assembleia da República, particularmente daqueles que o governo atinge com mais este miserável ataque;

 

-Decidem enviar esta moção aos partidos e grupos parlamentares, Ministério da Educação e Ciência, Presidência da República e órgãos de comunicação social;

 

– Decidem entregar esta moção ao Representante da República, em Angra do Heroísmo, e ao Presidente do Governo Regional dos Açores, em Ponta Delgada, no dia 5 de dezembro, pelas 16:30 horas.

 

Aprovada por: Maioria / Unanimidade

 

Os participantes no plenário,

Ponta Delgada, 28 de novembro de 2013

SPRA em CI

 Postal SREF verso

(postal em pdf)

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades

            O Sindicato dos Professores da Região Açores, ao longo do mês passado e durante o presente mês, desenvolveu e desenvolverá uma série de iniciativas tendo em vista a extinção da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) imposta aos docentes contratados pelo Ministério da Educação e Ciência. Das iniciativas já decorridas, destacam-se as Providências Cautelares sobre as alterações ao Estatuto da Carreira Docente aplicado aos docentes na dependência do Ministério da Educação e Ciência e respetiva regulamentação, bem como sobre a publicação do calendário da realização da PACC. Ontem, dia 5 de dezembro, o SPRA entregou uma moção, aprovada em plenários de docentes contratados em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo, de repúdio pela imposição da referida prova, ao Presidente do Governo Regional e ao Representante da República, respetivamente.

Greve ao serviço da PACC no dia 18

Para o próximo dia 18, data em que se realiza a PACC, a FENPROF e um conjunto de sindicatos entregaram um pré-aviso de greve às tarefas inerentes à realização da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades.

Exigência de abertura de Vagas de quadro no próximo Concurso Interno em janeiro de 2014

No âmbito da precariedade docente, o Sindicato dos Professores da Região Açores tem feito, sobretudo nos últimos anos, inúmeras exigências, no sentido da resolução deste problema, que se traduz na manutenção, por períodos que chegam a ultrapassar uma década, de docentes que “teoricamente” satisfazem necessidades transitórias do sistema.

Recorda-se que todos os anos, na Região, são contratados a termo resolutivo cerca de 600 docentes (na primeira colocação), o que evidencia que o sistema educativo regional necessita destes professores e educadores para o normal funcionamento das escolas.

Atendendo a que a reivindicação do SPRA, por diversas vezes reiterada, de que, pelo menos, 300 dos lugares que anualmente vão a concurso, por corresponderem a necessidades de caráter permanente, o que, aliás, foi publicamente assumido em sede de plenário da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, é uma exigência deste Sindicato que estas vagas sejam convertidas em contratos de trabalho por tempo indeterminado, conferindo, assim, estabilidade profissional a estes docentes e também contribuindo para uma concretização plena e em continuidade pedagógica dos projetos educativos de escola.

Este problema assume, ainda, maiores proporções no Continente, ao ponto de a Comissão Europeia ter dado um período de dois meses ao Governo da República para apresentar medidas de combate à precariedade docente.

Perante este quadro, o SPRA exorta o Governo Regional e a Assembleia Legislativa Regional a que, por iniciativa própria, apresentem uma proposta faseada, ou não, de inclusão nos quadros de escola de, pelo menos, três centenas de docentes que legitimamente aspiram a um vínculo laboral, à semelhança do que aconteceu com a vinculação extraordinária que teve lugar em 2000/2001.

Ação do SPRA: Assina um postal por uma vaga

            Para colmatar este flagelo social da precariedade docente, o Sindicato dos Professores da Região Açores irá promover uma ação junto destes profissionais para que assinem um postal, dirigido ao SRECC, a exigir a abertura de vagas de quadros de escola.

Escola Inclusiva

No passado dia 2 do corrente mês, a FENPROF/SPRA, em parceria com a Confederação Nacional de Organismos de Deficientes, realizou, em Ponta Delgada, uma iniciativa subordinada ao tema: “A Importância da Escola na Inclusão Social de Crianças e Jovens com Deficiência”, com cujo êxito o SPRA se congratula. Nela foram debatidos problemas relacionados com a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais e com o desinvestimento neste sector de ensino. No âmbito regional, foi sublinhada a carência de recursos humanos e a incapacidade do Governo Regional em estabelecer uma rede regional de Intervenção Precoce.

Reestruturação da rede escolar na Ilha Terceira

            Relativamente às alterações da rede escolar na Ilha Terceira, com a anunciada passagem dos alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico da EBI da Praia da Vitória e da EBI de Angra do Heroísmo para, respetivamente, a EB/S Vitorino Nemésio e a EB/S Jerónimo Emiliano da Andrade, o Sindicato dos Professores da Região Açores considera que as reestruturações da rede devem obedecer, essencialmente, aos seguintes princípios:

  • Manutenção dos alunos na rede pública;
  • Garantia de que qualquer redistribuição de alunos tenha em conta a manutenção da turma padrão do Ensino Básico.

Abaixo-assinado / Educação Física no 1.º ciclo

Por último, o SPRA congratula-se com a enorme adesão, até agora verificada, ao abaixo-assinado dirigido ao Secretário Regional da Educação, Ciência e Cultura sobre a manutenção dos três tempos da disciplina de Educação Física, no 1.º Ciclo do Ensino Básico, com a coadjuvação do docente daquela disciplina, que será recolhido no final do primeiro período.

A Direção

Ponta Delgada, 6 de dezembro de 2013

Aviso n.º 14962-A/2013, de 5 de dezembro

Os candidatos inscritos para a realização da PACC com cinco ou mais anos de serviço que não a pretendam realizar devem proceder à manifestação dessa intenção.

Aviso n.º 14962-A/2013, de 5 de dezembro – consultar aqui

 

Anulação da inscrição – https://sigrhe.dgae.mec.pt/openerp/login

 

Formulário para registo do NIB – brevemente disponível

 

Ver toda a informação em http://pacc.gave.min-edu.pt/np4/26.html

Declarações da Fenprof e SPRA

Após a intervenção do SPRA, MEC recua, definindo novos locais para a realização da PACC, nos Açores

O Sindicato dos Professores da Região Açores, embora tenha uma posição absolutamente contrária à existência da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Competências imposta pelo MEC, e contra ela tenha lutado, considera uma importante vitória da luta dos Professores e Educadores e da ação deste Sindicato, o recuo do MEC relativamente à nova possibilidade de realização da prova em todas as ilhas dos Açores.

 

O SPRA congratula-se com esta vitória, que permite aos docentes em exercício de funções nos Açores realizarem a PACC em condições mínimas de igualdade e de custos económicos, mantendo, contudo, a convicção de que é possível derrotá-la, nomeadamente, por via judicial, sem prejuízo de outras em curso, já agendadas e a agendar.

 

A Direção

2

  

Contratados2

 

 

 

Em defesa dos docentes contratados

 

 

Plenário de docentes contratados sobre a prova de avaliação

plen contratados angra    

 Terceira

EBS Tomás de Borba

São Miguel

Hotel Lince

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