Quarta-feira, Outubro 2, 2024
Início Site Página 64

NOTA INFORMATIVA

Hoje, dia 2 de dezembro, o Sindicato dos Professores da Região Açores reuniu, em Ponta Delgada, com o Secretário Regional da Educação e Cultura, com a Diretora Regional da Educação e com a Diretora de Recursos Humanos da DRE, na primeira ronda negocial do processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente nos Açores. Foi discutido um conjunto de princípios inerentes à proposta do SREC, sendo de destacar como principais pontos de discordância o seguinte:
 
Proposta do SREC de alteração do cálculo da graduação profissional, para efeitos de concurso do pessoal docente;
 
Manifestação de alguma intransigência, por parte do SREC, em proceder a uma uniformização de horários dos docentes de todos os níveis e setores de ensino, bem como da uniformização das reduções da componente letiva por antiguidade.

Quanto ao ponto um, o SPRA considera que as alterações do cálculo da graduação profissional, para efeitos de concurso do pessoal docente, a concretizarem-se, poderão resultar em profundas alterações na seriação dos candidatos, podendo levar a que docentes que sempre conseguiram horários de contratação possam ficar, no futuro, desempregados. Pensamos que a proposta fere princípios da segurança jurídica e as legítimas expetativas dos docentes, causando efeitos profundos na sua carreira profissional.
 
No que concerne ao ponto dois, os horários de trabalho, nomeadamente no que diz respeito à componente letiva, constituem, para o SPRA, uma questão de justiça profissional, pelo facto de permanecerem desigualdades de tratamento relativamente aos docentes dos diferentes níveis e setores de ensino.
 
Destacamos, entre outros, como aspetos positivos: a desburocratização e simplificação do processo da avaliação do desempenho, bem como a alteração dos ciclos avaliativos; a uniformização da estrutura da carreira e escala indiciária com a existente no Continente e a desanexação da formação acreditada da progressão na carreira.

A Direção

Posição do Provedor de Justiça põe em causa a exclusão de cerca de 8 000 docentes das listas e cria novo problema a Nuno Crato que condenou ao desemprego muitos docentes

 

A FENPROF, desde o primeiro momento, denunciou a ilegalidade a exclusão de professores das listas devido à PACC. Em 1 de Outubro esteve na Provedoria de Justiça para formalizar queixa contra o MEC

 

Ver+ Organizações sindicais formalizaram queixas na Provedoria de Justiça

 

Atenção! Os docentes excluídos do processo de colocação de professores por impossibilidade de verificação da condição PACC devem dirigir-se aos seus Sindicatos para que lhes seja dado acompanhamento jurídico contra a exclusão de que foram alvo e os seus efeitos. Devem fazê-lo quanto antes para que, caso pretendam, a ação possa dar entrada em tribunal dentro prazo previsto de 9 de dezembro.

 

 


A posição do Senhor Provedor de Justiça é clara, parte de situações concretas que lhe foram enviadas por quase dois mil docentes, terá contado também com contributos e esclarecimentos que as organizações sindicais que lutam contra a PACC (FENPROF, ASPL, SEPLEU, SINAPE, SIPE, SIPPEB e SPLIU) entregaram na Provedoria em reunião que se realizou a 1 de outubro e assenta numa apreciação jurídica isenta e imparcial, isto é, o tipo de apreciação que desagrada à equipa ministerial da Educação.

 

A clareza da posição do Senhor Provedor de Justiça é exposta no ponto 22 do ofício que enviou ao ministro Nuno Crato “De todo o exposto resulta a invalidade das decisões de exclusão dos concursos externo extraordinário e de contratação inicial fundadas no incumprimento do requisito relativo à aprovação na prova. Estando em causa a ofensa do conteúdo essencial de um direito fundamental – resultante da aplicação retroativa de uma norma restritiva – tais decisões encontram-se feridas de nulidade”. Ou seja, os quase oito mil docentes excluídos das listas dos concursos referidos, deveriam ter-se mantido nessas listas, sendo que alguns deles já teriam sido colocados. A confirmá-lo está a situação já divulgada e que resulta de uma decisão do TAF de Leiria que decretou a reintegração de um docente na lista de que fora excluído, daí resultando a sua colocação em escola de Santarém.

 

Pode o MEC alegar que a posição do Senhor Provedor de Justiça não faz lei ou não impõe o cumprimento. O que não consegue disfarçar é que agiu de forma ilegal, como, aliás, as organizações sindicais que lutam contra a PACC têm afirmado. Reforça-se, assim, a ideia de que a decisão de excluir milhares de candidatos de um concurso público a que, legalmente, se tinham apresentado foi absolutamente discricionária e resultou da intenção dos responsáveis do MEC de punirem aqueles que não se submeteram à sua imposição. Trata-se de um comportamento completamente inaceitável, na medida em que viola elementares normas do Estado de Direito Democrático.

 

Assinala-se que a posição do Senhor Provedor de Justiça:

 

– Critica a antecedência de apenas 4 dias com que o MEC anunciou a prova em julho;

 

– Refere o facto de haver matéria que fere o princípio da segurança jurídica;

 

– Confirma que no momento da abertura do concurso a norma se mantinha inapta a produzir efeitos jurídicos;

 

– Confirma ainda que o requisito PACC não era exigível quando o concurso foi aberto por motivo exclusivamente imputável à Administração;

 

– Entende que a Administração não permitiu conhecer antecipadamente as regras do concurso como impõem os princípios da segurança, da tutela de confiança, da boa-fé e da transparência, induzindo em erro os interessados quanto aos requisitos que seriam efetivamente aplicáveis;

 

– Considera que a aplicação retroativa da norma é contrária aos valores da segurança jurídica e da proteção da confiança, o que assume maior acuidade por se tratar da fixação de condições de acesso a determinada profissão e ao exercício de funções públicas.

 

Face a esta situação, as organizações de professores que efetivamente lutam contra a PACC exigem que todos os excluídos das listas sejam nelas reintegrados e, nos casos em que já deveriam ter sido colocados, deverão ver produzido esse efeito. Dever-lhes-á ser ainda contado o tempo de serviço a que teriam direito, caso não tivessem sido ilegalmente excluídos, e pagos os salários correspondentes a esse tempo. Caso o MEC recuse respeitar a lei, as organizações sindicais recorrerão aos grupos parlamentares, com quem também reuniram a este propósito, para que imponham ao governo aquelas obrigações legais.

 

Por fim, fica a pergunta: sendo umas atrás das outras e qual delas a mais grave, o que mais terá de acontecer para que a atual equipa ministerial se demita ou seja demitida?!É um desprestígio para o país e para a Educação e a Ciência em Portugal, serem vítimas de tão má governação.

 

O Secretariado Nacional da FENPROf
25/11/2014 

Marcha nacional, de 21 a 25 novembro

 

 

Marcha nacional – 21 a 25 Novembro

 

PELO EMPREGO, SALÁRIOS E PENSÕES, DIREITOS E SERVIÇOS PÚBLICOS

 

 

Plenários /Concentrações

Angra do Heroísmo
(Sindicato dos Professores Açores para Solar da
Madre de Deus/ Representante da República)
09:30

Ponta Delgada
(Sindicato dos Professores Açores para Palácio da
Conceição/Governo Regional)
14:00

Horta
(União dos Sindicatos da Horta para Assembleia
Regional)
14:30

 

Ver aqui todos os pormenores pdf

FENPROF E AEEP CONCLUEM, SEM ACORDO, PROCESSO DE CONCILIAÇÃO QUE VISAVA APROVAÇÃO DE NOVO CCT

 

FENPROF E AEEP CONCLUEM, SEM ACORDO, PROCESSO DE CONCILIAÇÃO QUE VISAVA APROVAÇÃO DE NOVO CCT

 

 

Chegou ao fim o processo de conciliação que decorria no MSESS, pelo qual se pretendia chegar a consenso com vista à celebração de um acordo que permitisse a existência de um novo Contrato Coletivo de Trabalho para os docentes do Ensino Particular e Cooperativo. E chegou ao fim, porque a associação patronal (AEEP) apresentou uma proposta inaceitável, como condição para chegar a acordo: que todos os professores que, legalmente, progrediram em 1 de setembro de 2014 fossem despromovidos e devolvessem ao patrão, em prestações, o acréscimo remuneratório que receberam após a progressão! Uma proposta que a FENPROF considera repugnante.

 

A AEEP pretendia, ainda, que a atribuição de 1320 minutos (de componente letiva) aos professores não tivesse qualquer limite semanal de aulas, ou seja, nos casos em que, por exemplo, os colégios decidissem organizar os tempos letivos em períodos de 50 ou 45 minutos, os docentes seriam obrigados a assumir, respetivamente, 26 ou 29 aulas semanais.

 

Neste processo de “conciliação”, a FENPROF demonstrou sempre uma grande abertura negocial, como se confirma pelas diversas propostas e contrapropostas que apresentou ao longo da negociação, mas não teve interlocutor à altura, capaz de, com seriedade, procurar um consenso que levasse à existência de um novo CCT.

 

Porém, a entidade patronal defendeu-se usando um escudo que condicionou a efetiva negociação de um CCT que servisse os legítimos interesses dos docentes: o acordo já obtido com sindicatos da UGT, designadamente da FNE, que é extremamente lesivo desses interesses. 

 

Na sequência desta rutura negocial, a FENPROF, no sentido de esgotar todas as possibilidades de negociação que ainda estão disponíveis, irá agora requerer a mediação.

 

Em defesa dos direitos dos professores, a FENPROF não desistirá do direito à negociação coletiva e consequente celebração de um acordo com vista à aprovação de um Contrato Coletivo de Trabalho.

 

 

O Secretariado Nacional

 

Exigimos respeito!

A Plataforma Sindical dos Professores preparou um questionário que será também abordado e recolhido nas reuniões sindicais que a FENPROF realizará em todo o país. Com esse questionário, pretende-se que os professores, na posse de informação atualizada intervenham analisando a situação e propondo caminhos para o protesto e a exigência. Esta iniciativa foi anunciada no final do desfile realizado em Lisboa em 5 de Outubro, Dia Mundial d@s Professor@s.

Caso pretendas dar a tua opinião, responde às questões que aqui te colocamos!

Professores contestam Municipalização da Educação

 

 

 

Assine a petição AQUI

FENPROF em encontros com CNE e Comissão Parlamentar de Educação

A Coordenação Nacional do 1º Ciclo do Ensino Básico, da FENPROF esteve reunida com o Presidente do Conselho Nacional de Educação, Professor David Justino (foto em baixo à esquerda) e com a Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República. Ambas as reuniões tiveram lugar na passada terça-feira, 28 de outubro.

 

Nestes encontros, a FENPROF teve a oportunidade de apresentar as principais preocupações do setor, nomeadamente ao nível dos horários de trabalho, do elevado número de alunos por turma, do regime de docência, da gestão das escolas e do regime de aposentação.

 

Foram entregues dois documentos aprovados na 4ª Conferência Nacional do 1º CEB: Resolução e Caderno Reivindicativo. Estes documentos sintetizam as posições da FENPROF sobre um conjunto alargado de matérias que consideramos fundamentais neste setor de ensino. A FENPROF apresentou ainda, com dados recolhidos junto das escolas, a situação concreta vivida por milhares de crianças e jovens e seus docentes, agravada, no início deste ano letivo, pelo caos provocado pelo ministério de Nuno Crato com o processo de colocação dos professores.

 

O Presidente do CNE manifestou preocupação e interesse pelas questões colocadas, tendo-se comprometido a promover um debate no CNE sobre a organização e funcionamento do 1º Ciclo atualmente.

 

Na Comissão de Educação e Ciência, foram apresentadas as mesmas preocupações, com objetivo de alertar os grupos parlamentares para a desorganização e a ausência de um projeto para o 1º ciclo de ensino. Para além das questões referidas anteriormente foram ainda referidas: a falta de condições para a realização de exames neste ano letivo, a ausência de técnicos e assistentes operacionais, o funcionamento das AEC e a colocação de professores.

 

A FENPROF mantém a exigência de uma debate alargado, de modo a encontrar soluções e garantir que se operem mudanças necessárias, no sentido de defender um dos pilares fundamentais da democracia: “ Uma escola pública de qualidade para todos!

 

O Secretariado Nacional da FENPROF
28/10/2014 

 

 (mais informação em http://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=327&doc=9019 )

 

 


 

Nota anterior:

 

A situação que hoje se vive no 1º Ciclo do Ensino Básico é preocupante, notando-se uma verdadeira desorganização no que concerne ao regime de docência, à organização dos tempos letivos, à articulação com as designadas AEC, a que acrescem outras dificuldades, tais como o cego encerramento de escolas, a insuficiência da resposta promotora da inclusão, a escassez de pessoal auxiliar ou mesmo a dificuldade de articulação, no contexto de agrupamento, com outros níveis de educação e ensino.

 

Para expor estas e outras preocupações e procurar soluções para os problemas que afetam este nível de ensino, a FENPROF reuniu esta terça-feira, dia 28 de outubro, com o CNE (Conselho Nacional da Educação), ao fim da manhã,  e com a Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República, à tarde.

 

Em destaque