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Avaliação em contexto de Educação Pré-Escolar

Na sequência do pedido da FENPROF realizou-se no passado dia 7 de maio na Direção Geral de Educação uma reunião para abordar questões relativas à avaliação em contexto de Educação Pré-Escolar.

 

Neste encontro, que a delegação sindical avalia de forma globalmente positiva,  a DGE foi questionada sobre a informação prestada pelo Secretário de Estado no encontro relativo ao Estudo de Avaliação das Orientações Curriculares e da Qualidade na Educação Pré-Escolar, realizado em fevereiro, de que estaria a ser elaborado um documento sobre avaliação na Educação Pré-Escolar e que o mesmo seria concretizado em junho.

 

Como preocupações relativamente a essa matéria, a delegação sindical colocou, entre outras, a necessidade de existirem períodos para avaliação coincidentes com os do 1º CEB dando nota que na nossa perspetiva e como vimos defendendo desde 2001, isto implica a alteração da situação relativa ao calendário escolar para a Educação Pré-Escolar. Como exemplo de que é possível outra solução, referimos a situação na Região Autónoma dos Açores onde se constata que o facto do calendário escolar para a EPE e o 1º CEB serem iguais contribui para o desenvolvimento de um melhor trabalho e uma maior e melhor articulação entre os dois setores de educação, nomeadamente por altura dos momentos de avaliação.

 

A FENPROF defende que a implementação de quaisquer orientações sobre avaliação na Educação Pré-Escolar deverá ser antecedida de um período experimental de modo a testar procedimentos e instrumentos e aferir da sua exequibilidade e que, durante esse período deverá haver espaço para um amplo debate onde todos os intervenientes possam participar.

 

Relativamente a esta questão, foi assumido pela DGE que as OCEPE são a base para a avaliação e que, assim sendo, não poderão existir sumários que compartimentem os tempos letivos nem grelhas que sirvam de ficha de avaliação quantitativa. De igual forma foi prestada a informação de que as “novas” OCEPE mantêm a base do documento ainda em vigor, tendo sido apenas reestruturadas as áreas que o MEC considerou serem mais deficitárias, como as ciências e as TIC, o que vai de encontro à opinião manifestada pelas/os educadoras/es de infância. Adiantou ainda a DGE que, na sequência da publicação das novas OCEPE, promoverá ações de formação para os educadores de infância sobre a aplicação das mesmas e que procederá à publicação de documentos de apoio à sua implementação.

 

A DGE afirmou ter conhecimento de situações que ocorrem em agrupamentos que não respeitam o previsto nas OCEPE nem na Circular nº 4 /DGIDC/DSDC/2011 e, nesse sentido, informou que na reunião que a DGE irá realizar com as direções dos agrupamentos de escola em outubro, se propõe agendar um painel sobre questões da educação pré-escolar nomeadamente planificação, avaliação, sumários, OCEPE, entre outras. Reconheceu o mau entendimento que existiu relativamente aos objetivos das metas de aprendizagem, afirmando que as mesmas serviam apenas como referencial e que não foi intenção de nenhum governo transformá-las em lei, reforçando que as OCEPE são a legislação em vigor que deve orientar os educadores; 

 

Informou ainda que em junho será divulgado o documento resultante da revisão das OCEPE que estará em discussão pública durante o período de um mês remetendo para esse momento a possibilidade da FENPROF se pronunciar sobre o assunto.

 

A delegação sindical avançou ainda a posição da FENPROF relativa à obrigatoriedade de frequência da Educação Pré-Escolar, isto é, no ano imediatamente anterior ao ingresso no 1º CEB tendo o Dr. Pedro Cunha admitido que, perante determinadas circunstâncias (nomeadamente meios desfavorecidos) a obrigatoriedade poderia ser uma solução para garantir o acesso a este setor de educação. Ficou claro que não é, no entanto, uma temática que neste momento seja consensual nem de discussão prioritária na DGE.

 

FENPROF ENTREGA EXPOSIÇÃO AO PROVEDOR DE JUSTIÇA, E PEDE A SUA INTERVENÇÃO, NO SENTIDO DE SER APLICADA NO ENSINO SUPERIOR A DIRETIVA COMUNITÁRIA 1999/70/CE, SOBRE VINCULAÇÃO E REMUNERAÇÕES

 

FENPROF entrega exposição ao Provedor de Justiça, solicitando a sua intervenção

A FENPROF entregou (15/05/2015) na Provedoria de Justiça uma exposição, com pedido de intervenção do Senhor Provedor de Justiça, no sentido de ser aplicada aos docentes do ensino superior, incluindo leitores, e investigadores a diretiva comunitária que impõe limites à contratação a termo.

 

Neste documento é ainda colocado o problema com que se confrontam muitos docentes que, não tendo conseguido concluir as habilitações exigidas para integração da carreira, porque não lhes foram criadas condições laborais e académicas que o permitissem, poderão ser despedidos no final do ano em curso, caso não seja alargado o período transitório que foi estabelecido para esse efeito.

 

A FENPROF divulga cópia do documento apresentado e aguarda, agora, a intervenção solicitada ao Senhor Provedor de Justiça.

 

O Secretariado Nacional da FENPROF
16/05/2015 

“EXAMITE” AGUDA

“EXAMITE” AGUDA

 

Doença politicamente contagiosa

 

            As escolas da Região estão a ser assoladas pela doença infligida pelo Ministro Nuno Crato e que o Governo Regional nada fez para combater. Para além dos exames de Inglês da Cambridge School, que mais não são do que uma parceria público-privada em benefício de uma multinacional da educação, os docentes e alunos dos Açores começam a realizar os exames dos 4.º, 6.º e 9.º anos do Ensino Básico.

 

            Se para o Continente são conhecidos os motivos políticos para a seriação precoce dos alunos dos 4.º e 6.º anos de escolaridade, na Região, as motivações representam, ainda, uma incógnita, uma vez que consideramos que o Governo Regional poderia ter optado por um caminho diferente.

 

            Objetivamente, a seriação tornou-se mais importante do que a lecionação, fazer exames passou a ser mais importante do que ensinar, o serviço de exames encurtou o calendário letivo, os professores foram desviados das suas turmas e do processo ensino-aprendizagem para irem vigiar as provas de exame de outros alunos, de outras escolas, inclusivamente, de escolas privadas.

 

            Esta “ressurreição” dos exames, nomeadamente os da “4.ª classe”, não se resume a um “saudosismo bafiento”, mas tem como principal objetivo o encaminhamento precoce dos alunos para percursos formativos diferenciados, em última instância, a mobilização dos alunos e dos recursos humanos submete-se a desígnios políticos que visam um Ensino Básico diferenciado e com percursos pré-determinados.

 

            Por último, uma referência à sobrecarga de trabalho que este processo tem constituído para os docentes, que, para além da preparação e lecionação das suas aulas, de todas as tarefas que têm que realizar nas escolas, são confrontados, ainda, com reuniões de preparação dos exames e respetivas vigilâncias e correções.

 

                                                                                              A Direção

Ciclo Conferências Fenprof 2015

 

 6 junho, em Ponta Delgada, Auditório do Hotel VIP, 10h.

 

Participe!

MOBILIDADE POR MOTIVO DE DOENÇA – MEC

Nota Informativa pdf

MOBILIDADE POR MOTIVO DE DOENÇA
DOCENTES DE CARREIRA DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DA REDE PÚBLICA DE PORTUGAL
CONTINENTAL E DAS REGIÕES AUTÓNOMAS – DESPACHO N.º 4773/2015 pdf

GREVE ÀS PROVAS DA CAMBRIDGE: DE DIA PARA DIA, SÃO MAIS OS PROFESSORES EM GREVE

 

O “Exame Cambridge” nasceu mal e dificilmente se corrigirá. No ano passado, a participação dos professores era voluntária e dada a sua insuficiente adesão, o MEC decidiu torná-la obrigatória este ano.

Passando por cima de qualquer outro interesse, nomeadamente o dos alunos, os professores foram retirados das aulas, dos apoios, das substituições, da coadjuvação e de outras atividades que desenvolvem nas escolas e “convocados” para formação presencial. De seguida, foi-lhes enviada uma password para acederem a uma plataforma informática onde teriam de realizar um infindável número de exercícios. Por fim, durante várias semanas, estavam obrigados a deslocarem-se a outras escolas para realizarem as provas orais aos alunos do 9.º ano e de outros anos, neste caso, por participação voluntária. Saliente-se que algumas provas orais estão a ser marcadas na componente letiva dos professores e/ou em horário de aulas dos alunos, como são exemplos os Agrupamentos de Escolas de Aguiar da Beira, ou Cândido Figueiredo, em Tondela.

Recorda-se que esta prova foi estabelecida em 13 de setembro de 2013, através de protocolo então divulgado e que envolveu diversas entidades privadas, dois dias depois de o MEC ter criado, por despacho, um teste diagnóstico (com componente escrita e oral) a todos os alunos do 9.º ano que, por coincidência, dois dias depois foi aproveitado pelo consórcio que assinou o protocolo para também ser a prova que permitiria a certificação pela Cambridge.

Professores, instalações escolares e dinheiro público foram colocados à disposição deste processo de forma que a FENPROF considera abusiva. Apanhados de surpresa, os professores, num primeiro momento, compareceram no processo, mas, aos poucos, foram percebendo o abuso a que estavam a ser sujeitos e nem as ameaças que, em alguns casos, sobre si se abateram, os fizeram hesitar: aderiram à greve a toda a atividade relacionada com este processo, colocando acima de qualquer outro interesse o dos seus alunos e o das suas escolas.

Face à adesão dos professores à greve, algumas escolas começaram a convocar docentes que não realizaram a formação e o MEC alargou o período de realização das provas orais por mais duas semanas, mas, à medida que o tempo passa, e descontentes com a sobrecarga de trabalho que se vai acumulando sobre quem ainda estava envolvido no processo, são cada vez mais os professores em greve a esta atividade, incluindo alguns que coordenavam o processo nas suas escolas.

Os exemplos surgem um pouco de todo o país: não se realizaram provas orais em Aveiro, na Escola Dr. Jaime Magalhães Lima; em Braga, na Escola Básica do Arco de Baúlhe; na Covilhã, na Escola Básica de Tortosendo; em Gouveia, na Escola Secundária de Gouveia e na Escola Básica de Vila Nova de Tazem; em Lisboa, no Agrupamento de Escolas António Damásio; em Almada, nos Agrupamentos de Escolas Anselmo de Andrade e Emídio Navarro; em Oeiras, na escola Secundária Luis de Freitas Branco; no Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, na Escola da Ponte das Três Entradas; em Viseu, no Agrupamento de Escolas Viseu Norte, na Escola Básica N.º 3 de Mundão e na Escola Secundária de Viriato, só para citar alguns exemplos. Na Escola Básica Joaquim de Barros, em Oeiras, são os alunos que têm faltado às sessões (cerca de 20% por sessão).

Acresce que, apesar de haver um número significativo de professores de Inglês em greve às atividades relacionadas com este processo, muitas provas orais têm sido realizadas à custa dos professores do ensino privado, que são muito pressionados pelas entidades patronais, e da acumulação de trabalho sobre os professores do ensino público que ainda não aderiram a esta greve.

Entretanto, no próximo dia 6 de maio, quarta-feira, de tarde, terá lugar a componente escrita desta prova. Para este dia estão convocados professores de Inglês (secretariado) e de outras disciplinas (vigilâncias). A greve abrange todos os docentes, de Inglês ou não, convocados para esta componente escrita.

Uma última nota para referir que a FENPROF entregará na Polícia Judiciária, na quarta-feira (dia 6, pelas 15 horas, à hora de realização da componente escrita), um dossiê com novos documentos que irão juntar-se aos que já anteriormente tinham sido apresentados na Procuradoria-Geral da República.

O Secretariado Nacional da FENPROF
4/05/2015 

Os aposentados no 25 de Abril e no 1.º de Maio

Estando em curso um período profundamente significativo para o nosso país, não só por nos encontrarmos entre duas datas de grande valor histórico – o 25 de Abril e o 1.º de Maio -, como por estarmos em fim de um ciclo político e a caminho de novas eleições para os órgãos de poder político, no âmbito nacional, e confrontando-nos, desde já, com os princípios e medidas contidos na “Proposta de Programa Nacional de Reformas” e no documento “ Uma Década para Portugal,”o Departamento de Aposentados da FENPROF e as estruturas em que está integrado tomaram posições firmes de que aqui vos damos conhecimento

Unidos  somos sempre uma força

Cordiais saudações
        Pelo Departamento de Aposentados da FENPROF
        Fátima Garcia
        Responsável Regional

BOLETIM INFORMATIVO DO DEPARTAMENTO

 

PS : para uma completa informação de toda a actividade desenvolvida consulte

http://www.fenprof.pt/APOSENTADOS/

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