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Ação do SPRA junto da DRE garante acesso à Profissionalização em Serviço

 

MAIL-S-DRE/2015/3795 

 

Ex. mo Senhor Presidente do SPRA

 

Na sequência da audição de 8 de julho, com a senhora Diretora Regional da Educação, relativa ao assunto Profissionalização em Serviço informa-se que estes serviços auscultaram a Universidade Aberta sobre a abertura de novo Curso de Profissionalização em Serviço, da qual obtiveram resposta afirmativa referente ao Curso de Profissionalização em Serviço (CPS) para aquisição de habilitação profissional para a docência, a desenvolver ao abrigo dos Despacho nº 747/2015, de 23 de janeiro, e nº 7286/2015 de 2 de julho, que a Universidade Aberta se encontra a ultimar os procedimentos e elementos necessários à sua abertura.

 

Mais se informa que a Direção Regional da Educação  está a realizar o levantamento dos docentes que pretendam e reúnam condições de se candidatarem ao Curso e Profissionalização em Serviço, da U. Aberta, para aquisição de habilitação profissional para a docência.

 

 

Remete-se o MAIL-S-DRE/2015/3793, para conhecimento.

 

Com os melhores cumprimentos

SPRA congratula-se com a universalidade da educação pré-escolar para as crianças a partir dos 4 anos de idade

Lei nº 65/2015 de 3 de Julho pdf

 

Primeira alteração à Lei n.º 85/2009 pdf, de 27 de agosto, estabelecendo a universalidade da educação pré-escolar para as crianças a partir dos 4 anos de idade. 

DGAE não reconheceu a existência de problemas nas colocações mas comprometeu-se a resolver todos os que forem detetados

A FENPROF reuniu (25 de junho) na Direção Geral da Administração Escolar/MEC apresentando aos responsáveis pela área de concursos e colocações de professores um conjunto de situações aparentemente anómalas / ilegais que decorrem da publicitação das listas definitivas de ordenação, colocação e exclusão de candidatos. Recorda-se que as questões apresentadas relacionavam-se com:

 

  • Candidatos aos grupos da educação especial, providos nas regiões autónomas, que não constam de qualquer das listas de colocação ou não colocação;
  • Colocações em vagas que se verificou não existirem 
  • Vagas não ocupadas, apesar de ter havido candidaturas às mesmas;  
  • Ultrapassagens de candidatos no concurso externo (acesso aos quadros);  
  • Número inusitado de exclusões do concurso externo, do grupo de Inglês no 1.º Ciclo. A manter-se a exclusão, os professores ficarão impedidos de serem colocados por via da contratação inicial ou reserva de recrutamento; 
  • Exclusão ilegal de docentes por não reunirem o requisito PACC;
  • Não contabilização do tempo de serviço correspondente a períodos de doença prolongada, ao abrigo do artigo 103.º do ECD.

Na reunião, a FENPROF ilustrou com exemplos concretos as situações descritas, ficando os responsáveis da DGAE de confirmar a existência daqueles problemas e de os resolver, essencialmente, em sede de recurso hierárquico.

 

Relativamente ao problema das regiões autónomas, a DGAE informou que resolveria os problemas detetados, designadamente através do recurso, mas, face à entrega de uma listagem por parte da FENPROF, comprometeu-se a analisar cada caso, solucionando todos os erros identificados, ainda que não venha a ser apresentado qualquer recurso.

 

Em relação às vagas inexistentes onde foram colocados professores ou às que ficaram por preencher, a FENPROF já deu conta de casos concretos, ficando ainda de enviar outras informações que, entretanto, cheguem ao seu conhecimento.

 

Quanto ao Inglês no 1.º Ciclo, dada a especificidade do concurso (que se realiza pela primeira vez) e os apertados prazos que foram estabelecidos para a conclusão e apresentação de certificações, a FENPROF propôs que os candidatos pudessem corrigir as anomalias existentes (faltas ou imprecisões nos documentos apresentados), de forma a que estes professores possam ser considerados para efeitos de contratação inicial e de reserva de recrutamento.

 

Em relação à exclusão devido à PACC, recordando-se a sua ilegalidade já manifestada, por exemplo, pelo Senhor Provedor de Justiça, a FENPROF reiterou a sua posição e irá, face à intransigência do MEC, recorrer mais uma vez à Provedoria de Justiça e apoiar os candidatos excluídos no recurso à via jurídica.

 

A reunião realizada na DGAE destinou-se, apenas, a tratar aspetos técnicos. Esperando que os problemas identificados tenham a solução necessária, a FENPROF recorda que o problema principal destes concursos é o próprio regime imposto pelo MEC e contra o qual sempre se manifestou. Muitas das ultrapassagens verificadas, designadamente as decorrentes da aplicação da norma travão, resultam da regra estabelecida e à qual a FENPROF se opôs quando se realizaram as reuniões que, supostamente, seriam negociais. Sem pôr em causa o direito à vinculação por parte dos docentes por ela abrangidos, a FENPROF defendeu que não ocorressem ultrapassagens, que agora se concretizaram, nem dos docentes dos quadros candidatos ao concurso interno, nem dos docentes candidatos à vinculação com maior graduação do que os incluídos na designada norma travão.

 

O Secretariado Nacional da FENPROF
25/06/2015 

 

Nota anterior:

 

Depois das listas definitivas de ordenação, colocação, não colocação e exclusão de docentes terem sido publicitadas, ficam ainda por afetar às escolas cerca de 30.000 professores, ou seja, cerca de 25% do total de docentes necessários às escolas públicas em 2015/2016. Esse elevado número de professores corresponde ao conjunto constituído por afetação no âmbito dos QZP, mobilidades diversas (geográfica, por doença…), contratação em lista nacional, BCE e ofertas de escola. 

 

Acautelando os problemas que poderão surgir em setembro e, fundamentalmente, consciente que a colocação pela modalidade BCE provoca atrasos grandes na colocação dos docentes, o MEC até já decidiu adiar uma semana a abertura do ano letivo, revelando que, até o MEC desconfia… do MEC.

 

Com número tão elevado de professores por colocar, o pior que poderia acontecer seria, a problemas que possam surgir em setembro, acumular outros que se arrastassem da fase que está agora a ser concluída. Por essa razão, hoje à tarde, pelas 15.30 horas, a FENPROF deslocar-se-á à DGAE (Avenida 24 de Julho) para, identificando os problemas surgidos, contribuir para a sua resolução. Recorda-se que termina amanhã o período de apresentação de “recurso hierárquico”, única forma de contestar estas listas definitivas, pois nesta fase, contrariamente ao que afirmava, há dias, o próprio ministro, já não há lugar a “reclamação”.

 

De entre os aspetos que foram detetados pela FENPROF e serão levados à reunião destacam-se os seguintes:

 

  • Os candidatos ao concurso interno dos Grupos 910, 920 e 930 providos nas regiões autónomas constam da lista definitiva de ordenação do referido concurso. Contudo, na sua maioria, estes docentes não constam de qualquer das listas de colocação ou não colocação. É necessário que a DGAE proceda à sua rápida correção, o que passará pela consideração destes docentes para efeitos de eventual obtenção de colocação em sede de concurso interno;  
  • Colocações em vagas que não existem nas escolas ou agrupamentos em que os docentes foram  colocados;  
  • Existência de vagas que não foram ocupadas por quaisquer candidatos, apesar de haver professores que confirmam ter a elas concorrido;  
  • Ultrapassagens no concurso externo de docentes que viram vagas, a que tinham sido opositores, ser ocupadas por outros docentes que, na lista ordenada, possuem menor graduação, apesar de essas vagas terem sido primeiras escolhas dos, assim, prejudicados;  
  • No Grupo 120 (Inglês do 1.º Ciclo) constata-se a existência de um número inusitado de exclusões do concurso externo, sem que tenha sido dada a oportunidade aos implicados de corrigir elementos relacionados com a formalização da candidatura, antes de publicadas as listas definitivas;  
  • Exclusão de docentes que, segundo consta nas listas de exclusão, não reúnem o requisito PACC. O MEC não pode excluir, como, aliás, se pronunciou o Senhor Provedor de Justiça, docentes com base em requisitos não verificáveis à data das candidaturas ao concurso externo. Ora, isso sucedeu, designadamente, com docentes que realizaram a componente específica desta prova, uma vez que, esta, se realizou em momento posterior à da realização das candidaturas;
  • Não contabilização do tempo de serviço correspondente a períodos de doença prolongada, posteriores a 19 de janeiro de 2007, quando a sua consideração é obrigatória, de acordo com o artigo 103.º do ECD; 
  • Ultrapassagem de docentes por força da aplicação da norma travão. A FENPROF considera que  todos os docentes colocados em 2.ª prioridade, mas com graduação profissional superior ao último do seu grupo de recrutamento que entrou em quadro ao abrigo da “norma travão”, deverão, também, vincular.

Estes problemas abrangem um número significativo de professores. Para a sua resolução o MEC terá de optar entre: divulgar novas listas de colocação, pelo menos em alguns grupos (como poderá ser o caso da Educação Especial); colocar docentes em lugares que foram, entretanto, ocupados, duplicando assim a colocação em algumas escolas; atribuir aos que foram vítimas de erros colocação em vaga que entretanto surja. Estes problemas deverão ser, desde já, resolvidos, o que evitará o recurso à via jurídica e retirará o problema de um momento mais complexo da vida das escolas. A FENPROF procurará hoje contribuir para a sua resolução.

 

O Secretariado Nacional da FENPROF
25/06/2015 

Concursos do MEC 2015

 

 

 

LISTAS DE COLOCAÇÃO no site da DGAE

Concurso interno: http://www.dgae.mec.pt/_main/listas2015/def_ci_ce/ci/listas_ci.html#lista

Concurso externo: http://www.dgae.mec.pt/_main/listas2015/def_ci_ce/ce/listas_ce.html#lista

 

 

“Currículo escolar – uma questão essencialmente política?”

(Galeria de imagens aqui)

A sessão iniciou-se com António Lucas, presidente do SPRA que explicou os objetivos do ciclo de conferências proposto pela FENPROF. Referiu que o SPRA optou por discutir e analisar a questão dos Currículos uma vez que nos Açores mantém-se uma matriz curricular que não fez o empobrecimento do currículo verificado no continente.

 

A primeira oradora, Margarida Serpa, apresentou uma comunicação com o título “Currículo, políticas curriculares e avaliação”.

 

Após apresentar a definição académica de currículo, concluiu que o mesmo é o conjunto de conhecimentos a adquirir e também a prática diária que fazemos nas nossas escolas, considerando que “a nossa ideia de currículo vai influenciar a nossa prática pedagógica”.

 

Defendendo que as decisões políticas face ao currículo são instituídas por uma entidade ou por todos os elementos da comunidade, a docente da Universidade dos Açores levanta determinadas questões: “Que interesses estão por detrás dessas políticas?” “Quais os fatores que as condicionam?”.

 

Sustenta que, tudo o que se aprende e ensina nas escolas “forma um perfil de aluno”, e isso depende de uma orientação política que é determinante do perfil de aluno que se pretende. Sendo assim, pode-se afirmar que, o que sustenta essa ideia é uma questão ideológica. O que é necessário é saber o que é prioritário ensinar, isto é: que conteúdos e competências se devem priorizar. Segundo a OCDE existe um condicionamento de empregadores e de associações profissionais que defendem que se deve formar alunos para o mundo do trabalho. Os conteúdos e competências são assim determinados e condicionados pelo mundo empresarial que desenha o perfil de alunos que se pretende.

 

Ainda segundo a OCDE, Portugal encontra-se bem posicionado no que diz respeito ao acesso à escola. No ensino pré-escolar e no ensino obrigatório, Portugal apresenta-se com bons indicadores. No entanto, o sucesso escolar é abaixo da média, os diplomados do ensino básico são abaixo da média dos países da OCDE.

 

“A lógica do aluno”

 

Margarida Serpa afirmou que o grande desafio do ensino é “o professor apropriar-se da lógica do aluno”. A lógica do aluno não é a dos conteúdos, por isso o professor tem que ter a disponibilidade para uma relação mais próxima com o aluno de forma, essencialmente pelo estímulo da descoberta. Sendo assim, afastamo-nos do modelo tradicional do currículo que centra o seu foco nos conteúdos e nos objetivos.

 

Mas, levanta-se novamente a questão: “Quem define o currículo escolar?”. Podemos constatar que quem define o currículo é o Ministério da Educação, Associações, Sindicatos, Editoras, etc e também, segundo a professora, a Avaliação. A avaliação tem aqui com um papel determinante na definição do currículo. Sendo assim, a avaliação assume também uma perspetiva ideológica. Podemos vê-la como um controlo dos resultados a nível central. Este aspeto é verificável pelo papel que os exames nacionais assumem no sistema educativo.

 

Por último, a professora e investigadora da Universidade dos Açores, levanta as seguintes questões: “quem formamos?”, logo, “que politicas a adotar?”.

 

Reconhecendo que a “avaliação serve para a construção e re/construção do currículo” afirma que se dá demasiado relevo à avaliação sumativa dos alunos e que isso influência a organização do ensino, a obtenção de apoios sociais, o acesso a cursos, a comparação de desempenhos, a entrada no mundo laboral, etc…assumindo assim a avaliação um forte papel social e politico, nomeadamente uma pressão social junto dos professores, principalmente no cumprimento dos programas, para os exames nacionais, e na determinação do que se ensina e no perfil de aluno que se pretende.

 

O segundo orador, Francisco Sousa, apresentou uma comunicação intitulada Currículo Escolar – Uma questão política (e não só) 

 

Começando por defender que a educação é um bem comum e deve ser governado por todos e para todos, o docente e investigador afirmou que seria redutor abordar o currículo de uma forma somente científica e técnica. Fazendo uma perspetiva histórica da evolução do papel do currículo na sociedade, Francisco Sousa, citou vários autores dos EUA, percursores do currículo, que refletiram sobre a importância que a educação possui na sociedade, nomeadamente Bobbit e Charters (1918) que realçaram que o papel da escola podia levar à “eficiência social”. Este “Darwinismo Social”, refletido pelos testes de QI propostos por Alfred Binet, aplicados aos emigrantes que chegavam aos EUA, levava a que a avaliação permitisse a seleção e a segregação social, logo a uma “perspetiva eugenista” da sociedade.

 

“Orientação social”

 

As escolas são assim vistas como vias diferenciadoras de acesso social. As escolas são consideradas como “orientação social”, acentuando mesmo as diferenças existentes.

 

É nos anos 70 que o currículo se assume essencialmente como orientação politica, principalmente com a Teoria Critica defendida por Habermas. É nesta altura que se discute que a determinação do que se ensina pode levar à Inclusão ou à Exclusão. Há interesses que se sobrepõem ao que se ensina, e isso leva a questionar “quem beneficia? E quem fica prejudicado?” quanto ao que se ensina nas escolas, isto é, ao currículo que é prescrito num determinado momento. Os autores da Teoria Critica defendiam que a escola e o currículo deveriam levar à quebra de diferenças sociais.

 

Francisco Sousa referiu que o sistema educativo possui clientes que visam a satisfação de interesses comerciais, e deu como exemplo a questão do “empreendedorismo na escola”. Este aspeto a quem interessa? Quem beneficia mais? As organizações empresariais que observam os alunos mais dotados veem na escola o espaço de recrutamento para a sua mais-valia empresarial e consequente melhoria nos negócios. Estas organizações possuem interesses específicos nas dinâmicas da escola e por isso mesmo influenciam projetos e currículos escolares.

 

A Teoria Pós Critica que se diferencia da Teoria Critica, perceciona o currículo como “experiência subjetiva”, orientado principalmente para a questão da(s) “Identidade(s)” e apelando às “diversidades curriculares”. “Como é que eu me sinto face a um currículo que não é representativo da minha cultura?”, questionou Francisco Sousa, afirmando que, presentemente, o “currículo é sempre mais representativo da cultura dominante”. No entanto, defende que o currículo deve ser um “currículo culturalmente sensível com diferenciação”. Só essa visão e orientação podem levar a uma maior coesão social.

 

Adiantou que, em Portugal existe regulação curricular que é bastante forte à entrada no sistema de ensino e agora com o grande impacto dos exames nacionais assiste-se também a uma forte regulação à saída do sistema.

 

O docente universitário deu como exemplo o que aconteceu nos EUA na época de G.W Bush em que houve uma total desregulação do sistema de ensino proveniente dos “efeitos perversos da avaliação externa” por parte de empresas privadas que ganharam milhões de dólares ao realizarem estes testes de avaliação.

 

A avaliação externa funcionava como um “fim em si mesmo”, levando a que fossem desviados da Administração imensos fundos para os privados procederem à avaliação do sistema, levando a que fossem constituídas PPP’s na educação. Exemplo que já vamos observando em Portugal, nomeadamente com a aplicação do teste de Inglês, nas escolas públicas, por parte de uma Instituição Privada chamada Cambridge.

 

Por fim, Francisco Sousa, defendeu que o “currículo deve ser um espaço de deliberação”. Só assim se apela à participação dos intervenientes e se fomenta a diversidade e coesão social, princípios fundamentais numa escola que se pretende de todos e para todos.

 

Por fim, Mário Nogueira interveio afirmando que as alterações curriculares serviram essencialmente para despedir professores. A política de redução da despesa na educação foi feita pela redução de docentes, uma vez que os alunos baixaram 6% e os professores 21%! Assim, constata-se que a redução de docentes não se fez por via da existência de menos alunos no sistema, mas sim por uma vontade política e orientação ideológica de minimizar a escola pública. Afirmou mesmo que, esta orientação ideológica não quer acabar com a escola pública, uma vez que precisa dela para os alunos que não conseguem aceder ao ensino privado e para a tornar numa grande escola profissional. Foi com esta visão, de separação de alunos e não de integração de todos, que se procedeu às alterações curriculares, visando que se fomentem diferenças sociais a partir de formação escolar. Uns terão acesso ao ensino privado orientado para o ensino superior e outros estarão na escola pública a formarem-se como técnicos para o mundo do trabalho, numa perspetiva de ensino dual, modelo que Crato protocolou com o governo alemão. As metas curriculares, determinadas por este governo, servem esse propósito, servem para apurar e discriminar. Com esta política a escola pública tem que discriminar e selecionar o mais cedo possível, os alunos, diferenciando-os nas diversas vias de ensino.

 

Finalizando, Mário Nogueira teceu várias considerações sobre o assunto da ordem do dia, a chamada “municipalização da educação” que não é mais do que um contrato de delegação de competências em que, por exemplo, contratualiza-se que os municípios vão poder decidir 25% do currículo dos alunos. Esta medida de entregar aos municípios a “gestão” das escolas e de parte do currículo é um verdadeiro ataque à autonomia escolar, pois está a retirar competências da escola para as transferir para o município. A FENPROF promoveu, no início de junho, um referendo aos professores que manifestaram contra esta medida política de transferências de competências. Não é assim que se constrói a verdadeira autonomia, não é assim que se valoriza a escola pública e os professores souberam e saberão responder a mais este ataque à sua dignidade profissional, conclui o Secretário-geral da FENPROF./ Fernando Vicente

 

 

 

Os Exames Nacionais como Instrumento de Ação Política

 

 

 

 

Tal como era previsível, os resultados dos exames nacionais dos 4.º e 6.º anos, do presente ano letivo, foram melhores do que os dos anos anteriores, a tal facto não será estranha a proximidade de eleições para a República e a necessidade de demonstrar as fragilidades da política educativa do Governo cessante, no início desta legislatura, e o acerto das referidas políticas do atual Governo.

 

Assim, os exames aparecem, não só como um processo precoce de seriação de alunos, mas também, como um instrumento de ação e propaganda política. Aliás, todos nos lembramos do incómodo demonstrado pelos responsáveis políticos da Educação aquando da publicação dos resultados dos testes Pisa de 2012, publicados em 2013. O facto de os alunos portugueses terem melhorado naquele teste internacional foi “uma pedra na engrenagem” montada pela equipa do Ministério da Educação, exatamente porque a melhoria não podia ser atribuída ao atual Governo.

 

            Os exames por amostragem servem para regulação do sistema educativo, os exames de final de ciclo de todo o ensino básico podem ser utilizados como instrumento de ação e propaganda política.

 

Angra do Heroísmo, 16 de junho de 2015

A Direção do SPRA

SPRA solicita audiência ao SREC

 

 

 

 

Exmo. Senhor

                                                                   Secretário Regional da Educação e Cultura

N/Ref.                                                                                  Data

03.45/2015                                                                       8/06/2015

ASSUNTO: Pedido de reunião

            O processo negocial do Estatuto da Carreira Docente nos Açores foi negociado e assinada uma ata negocial durante o mês de março. Contudo, tendo decorrido mais de dois meses desde a conclusão do referido processo, não tendo sido publicitada, nem pela comunicação social, nem pelos órgãos de comunicação pública do Governo, a aprovação, em Conselho desse órgão, das alterações ao diploma em apreço, considera o Sindicato dos Professores da Região Açores que o Estatuto da Carreira Docente nos Açores dificilmente poderá vir a ser aprovado na Assembleia Legislativa Regional, de forma a poder entrar em vigor no próximo ano letivo.

 

            Lembramos V. Ex.ª de que, no programa eleitoral do Partido Socialista e no programa do atual Governo, foram definidos compromissos de timings legislativos na área da Educação que estão longe de serem cumpridos.

 

            Face ao exposto, solicitamos a V. Ex.ª a realização de uma audiência para discussão do assunto em epígrafe.

            Com os melhores cumprimentos,

                                                                                  O Presidente do SPRA

            

Ciclo Conferências Fenprof 2015 – Galeria de imagens

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No âmbito do Ciclo de Conferências que a FENPROF realizou em todas as regiões do país, no dia 06 de junho, no auditório do Hotel VIP Executive, pelas 10 horas, foi discutido o tema: “Currículo escolar – uma questão essencialmente política?”. Os oradores foram a Prof. Doutora Margarida da Silva Damião Serpa e o Prof. Doutor Francisco José Rodrigues de Sousa, ambos da Universidade dos Açores, Departamento de Ciências da Educação, respetivamente,  dos pólos de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo, e Mário Nogueira, Secretário-Geral da FENPROF, tendo sido moderador o Prof. Doutor Carlos Alberto Gomes Ribeiro, do Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, e dirigente do Sindicato dos Professores da Região Açores.

 

O Ciclo de Conferências FENPROF 2015, que teve início no dia 11 de abril, em Évora, e que  terminou com esta conferência, a 6 de junho, em Ponta Delgada, tem como objetivofazer um ponto de situação sobre o preocupante estado em que o atual governo da República e o Ministério de Nuno Crato, prestes a concluírem um mandato muito negativo, deixam a Educação. Através das oito conferências, pretende-se ainda avaliar as políticas para a Educação desenvolvidas ao longo da Legislatura, construir propostas que serão apresentadas aos partidos políticos que se irão candidatar às próximas eleições legislativas e apresentar aos partidos políticos com representação parlamentar um conjunto de questões, cujas respostas serão divulgadas junto dos professores, em número especial da revista da FENPROF, a publicar no início de setembro.

 

Os temas escolhidos para o Ciclo de Conferências FENPROF são estruturantes, logo fundamentais à defesa da Escola Pública e da Profissão de Professor: autoridade profissional docente, autonomia e gestão das escolas, descentralização do sistema educativo (em confronto com municipalização), currículo escolar, inclusão, ensino superior e ciência e o papel das autonomias regionais na definição das políticas educativas.

 

Numa altura em que tanto se discutem as metas curriculares e a necessidade de se repensar o currículo escolar, o SPRA/FENPROF proporcionaram, através desta Conferência, que contou com  especialistas sobre o tema, mais um momento importante de reflexão sobre esta matérias.

 

Considerando que Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF, esteve presente nesta conferência, o SPRA aproveitou para fazer a apresentação do seu livro, recentemente lançado, intitulado O Futuro da Escola Pública, com fins solidários, uma vez que as suas receitas serão canalizadas para a construção de Escolas na Faixa de Gaza.

 

 

A  FENPROF e o SPRA agradecem a todos/as os/as que estiveram presentes.

 

                                                                               O Secretariado Nacional

Concurso externo extraordinário de provimento para o ano escolar de 2015/2016

 

 

Ex.mos/as Senhores/as

 

Encarrega-me a Senhora Diretora de Serviços de Recursos Humanos de chamar novamente a atenção de V. Ex.as e solicitar o melhor empenhamento na divulgação, junto do pessoal docente das seguintes informações:

 

Concurso externo extraordinário de provimento para o ano escolar de 2015/2016

É disponibilizada hoje a lista de colocações dos candidatos ao Concurso Externo Extraordinário de Provimento de Pessoal Docente 2015/2016, cujo período de candidaturas decorreu entre 2 e 13 de fevereiro.

Essa disponibilização ocorrerá na Internet, no endereço eletrónico http://concursopessoaldocente.azores.gov.pt.

 

Nos termos da lei, os candidatos colocados deverão proceder à aceitação da colocação perante a Direção Regional de Educação, nos próximos 5 dias úteis, por e-mail enviado para o endereço concursopessoaldocente@azores.gov.pt, ocorrendo a integração no lugar do quadro onde obtiveram colocação no próximo dia 1 de setembro.

 

A falta de comunicação feita nos termos do parágrafo anterior, ou a não aceitação da colocação, determina a anulação dessa colocação e a impossibilidade do candidato prestar serviço em qualquer estabelecimento de educação e ensino da rede pública da R.A.A. no próximo ano escolar e nos dois anos escolares subsequentes, não podendo, portanto, apresentar-se aos procedimentos concursais que para esses anos forem abertos, pela DRE e pelas escolas.

 

 

 

Atenciosamente,

 

Eunice C. Silveira

Chefe de Divisão de Gestão do Pessoal Docente

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