Segunda-feira, Setembro 30, 2024
Início Site Página 46

Onde está, Sr Ministro Vieira da Silva, a prometida despenalização das ditas carreiras longas?

  

A Inter-Reformados / CGTP-IN, na qual nós estamos integrados, realizou, a 10 de fevereiro, a sua 8.ª Conferência, onde se abordaram temas fundamentais para os aposentados/reformados pdf.

Houve lugar a debate e a intervenções dos participantes das quais destacamos, aqui, a do professor Armando Dutra atual, Presidente da Mesa da Assembleia Geral do SPRA pdf.

8ª CONFERÊNCIA NACIONAL DA INTER-REFORMADOS

  

Vivemos num mundo em mutação acelerada a todos os níveis. Entre desafios constantes e ameaças permanentes, multiplicam-se os seres humanos triunfando sobre a natureza e as demais espécies, como o comprova o crescimento demográfico mundial. Discutível e duvidosa se apresenta, no entanto, a sustentabilidade desse crescimento, alicerçado não propriamente no aumento dos índices de natalidade, mas numa maior longevidade dos seres humanos. Para comprová-la, basta referenciar alguns dados estatísticos do nosso país, onde o número de idosos, de 1970 até hoje, mais que duplicou, passando de um milhão a mais de dois milhões, tendo o número de pessoas com mais de 80 anos aumentado cinco vezes, ultrapassando já os 600 mil.

armando 

Sabemos que somos muitos num planeta irregularmente povoado; sabemos que produzimos ainda o suficiente para que todos se alimentem e vivam bem. No entanto, também sabemos que há uns que vivem bem demais, outros que vivem assim-assim e muitos que sobrevivem mergulhados na fome e na miséria. São todos humanos, mas nem todos vivem com a mesma dignidade humana. Porquê?

Qual a razão de vivermos numa sociedade tão desigual, tão insensível e tão indiferente ao sofrimento humano, senhor Donald Trump?

A privacidade de bens materiais, a doença e a violência consubstanciam uma parte do problema, mas a indiferença, o isolamento e a solidão não é menos angustiante, particularmente nos idosos, que hoje representam mais de 20% da população portuguesa.

Como dizia Agostinho da Silva, “ morre menos gente de cancro ou do coração do que de não saber para que vive; e a velhice, no sentido de caducidade, de que tantos se vão, tem por origem exatamente isto: o cansaço de se não saber para que se está a viver”.

Vivemos num dos países mais envelhecidos da Europa, onde o isolamento dos idosos, a viverem sozinhos, é superior a 50%. Impõe-se, por isso, uma cultura de respeito, de responsabilização, de solidariedade entre gerações no combate à discriminação e à exclusão social, a par de uma política integrada para a população reformada e idosa. Uma política que olhe para o envelhecimento pelo seu lado positivo, como um processo natural e uma conquista civilizacional, que promova o envelhecimento ativo e participativo, mobilizando o saber e a experiência dos mais idosos, mas sem capturar a sua autonomia e liberdade.

Não queremos envelhecer no trabalho, queremos envelhecer trabalhando, fazendo o que mais gostamos e sendo solidários, ao nosso ritmo e dentro das nossas possibilidades, para quem mais precisa, no seio familiar ou da comunidade onde nos inserimos.

Exigir mais de 40 anos de trabalho obrigatório é estar a roubar a juventude a uns ou a velhice a outros. A quem, como eu, começou a trabalhar, por conta de outrem, aos 10 anos de idade e a descontar para Sistemas de Previdência aos 12 anos, não se pode exigir que só termine aos 66 anos e três meses. Quem não viveu a juventude tem direito a, pelo menos, viver com tempo e dignidade a velhice.

A penalização de 6% por cada ano de trabalho a menos da dita idade legal, após 40 anos de trabalho, é injusta e indigna. Uma pessoa com 60 anos de idade, após 40 anos de serviço, que opte pela aposentação antecipada, é roubada não em 30, nem 40, mas em 50% da pensão a que teria direito. Mais de 36% de penalização pelo fator idade e cerca de 14% pelo fator de sustentabilidade. Isto é um abuso! A carreira contributiva tem de passar a ser o elemento determinante para a atribuição da aposentação.

Onde está, Sr Ministro Vieira da Silva, a prometida despenalização das ditas carreiras longas?

Esperamos que este assunto, a par da precariedade, da contratação coletiva e de tantos outros, também faça parte da agenda da CGTP-IN, nos processos negociais com o Governo.

Creio que com uma legislação menos penalizadora ganharíamos todos:

Ganharia o país, com o rejuvenescimento do mercado de trabalho e com a redução de custos sociais inerentes ao desemprego;

Ganhariam os jovens, ao ingressarem mais cedo na atividade profissional, rentabilizando as suas qualificações e afastando o sempre penoso espetro de emigração;

Ganhariam também os mais idosos, ao se libertarem de muitos constrangimentos decorrentes de inadaptações sócio-profissionais.

Precisamos do nosso tempo para ajudar a reconstruir os laços de família, combatendo a institucionalização precoce dos nossos pais e dos nossos netos; fortalecer as relações de vizinhança; promover o voluntariado; e, porque não, experimentar novas iniciativas que nos dêem outro alento e sentido à vida.

Vamos, por isso, continuar a lutar para “suster o cansaço de não se saber para que se está a viver”.

Lisboa, 10 de Fevereiro de 2017                     Armando Dutra

A manterem-se, intenções anunciadas pelo Govermo tornariam o prometido combate à precariedade num enorme embuste

A realidade brutal da precariedade no ensino, educação e investigação foi denunciada na conferência de imprensa que a FENPROF realizou esta manhã em Lisboa (foto JPO), avançando um primeiro comentário ao chamado ‘relatório sobre a precariedade no Estado’.  

Além de Mário Nogueira, Secretário Geral, integraram a Mesa deste encontro com os jornalistas os dirigentes Manuela Mendonça (SPN), João Louceiro (SPRC), Vitor Vasconcelos (SPGL), Nuno Fonseca (SPRA) e Luísa Paixão (SPM). Também presentes três professores em situação precária apesar de dezenas de anos de serviço: João Pereira, Patrícia Gameiro e Adérito Mendes (‘não podemos esperar mais’; ‘a instabilidade e a precariedade vão continuar’; ‘o número de vagas para a vinculação extraordinária é claramente insuficiente’).

Como sublinhou Mário Nogueira, trata-se de um documento produzido ‘de forma tendenciosa’,  por um grupo de trabalho sem representação das organizações sindicais, constituído exclusivamente por responsáveis da máquina político-administrativa que tem acompanhado diferentes executivos, todos eles, até agora, comprometidos com as opções políticas que favoreceram a precariedade no Estado.

‘Arrumar a casa’

  

Como realçou o Secretário Geral da FENPROF, na área dos docentes do pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, vão ser indispensáveis novos processos de vinculação extraordinária, por exemplo, em 2018 (10 anos de serviço) e em 2019 (5 anos de serviço). Sem isto, mantendo, apenas o processo de vinculação decidido, até agora, pelo ME, o quadro de abusos que se acumularam ao longo dos anos continuará longe de ser sanado.

Uma brutalidade

Se considerarmos os níveis de precariedade existentes no Ministério da Educação (ME), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) e, ainda, no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (em que a maior parte dos que vivem situações de precariedade são docentes contratados a recibo verde como formadores), mais de 2/3 da precariedade na administração pública diz respeito a pessoal docente e a investigadores: uma brutalidade. Não há combate sério à precariedade que tente fazer vista grossa da precariedade laboral nestes setores, observa a FENPROF.

E falta ainda, acrescenta o apontamento divulgado aos representantes da comunicação social, ‘contabilizar largas dezenas de docentes que cumprem serviço no Ensino Português no Estrangeiro ou ao abrigo de protocolos de cooperação, bem como os milhares que, nas escolas públicas, exercem funções nas designadas atividades de enriquecimento curricular (AEC) e que o relatório ignora, todos eles em situação de grande precariedade e muitos há vários anos’. 

Não se aceita que haja áreas e trabalhadores em relação aos quais a precariedade é ocultada ou tomada como natural e inevitável, destaca ainda a FENPROF.

São urgentes medidas 
muito mais profundas

A realidade descrita impôe ao Governo medidas muito mais profundas do que o regime de vinculação extraordinária, recentemente aprovado para os docentes do pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, ou a insistência na inoperante ‘norma-travão’, adotada por Nuno Crato, aproveitada pelo atual ministro, e que simula uma transposição da Diretiva 1999/70/CE, de 28 de junho, que é obrigatória mas que continua a não estar conforme com os princípios que ela determina.

No apontamento da FENPROF entregue aos profissionais da Informação são deixadas notas pertinentes sobre o enquadramento que o relatório do Governo dá a matérias fundamentais como os contratos de trabalho a termo resolutivo, as bolsas de investigação e os contratos de prestação de serviços.

Uma mudança de paradigma

A Federação entregou outro apontamento, apresentado e sintetizado por João Louceiro, com um conjunto de propostas e posições da FENPROF, onde se destaca logo num primeiro ponto que o combate à precariedade pressupõe uma mudança de políticas, de paradigma, e não, apenas, decisões casuísticas e só em alguns setores, não obstante a necessidade de análise de situações concretas para que, em caso de dúvida, se confirme a natureza das necessidades (permanentes ou temporárias).

Regiões autónomas de fora…

O ‘relatório sobre a precariedade no Estado’  circunscreve-se ao continente. De fora ficam as regiões autónomas. 

Não se compreenderia que o justo combate à precariedade que o Governo diz querer encetar, não tivesse também reflexos na condição dos trabalhadores que ali exercem funções com vínculos precários, refere o apontamento divulgado aos jornalistas na conferência de imprensa promovida pela FENPROF.

‘Isto é inaceitável’, salientou Mário Nogueira. E os dirigentes sindicais das regiões autónomas presentes deram números: a precariedade entre os professores nos Açores e na Madeira é, respetivamente, de 20 por cento e de 7 por cento.

Ministério vai entregar documento final de negociação até ao próximo dia 21

Como revelou Mário Nogueira à saída da reunião (15/02/2017) com a Secretária de Estado Adjunta e da Educação, Dr.ª Alexandra Leitão, ‘o projeto de Ata Negocial Final, que deverá incluir um conjunto de compromissos assumidos pelo M.E. durante a negociação do regime legal de concursos’, será divulgada até ao próximo dia 21 (terça-feira).

‘É uma ata que tem a importância de permitir inscrever aquilo que é a nossa apreciação do processo, o que foi positivo e o que foi negativo, mas, simultaneamente, também de permitir que fiquem inscritos compromissos que o Ministério da Educação, ao longo do processo, tinha avançado e que não estavam registados em lado nenhum’, afirmou o dirigente sindical.

Desses compromissos destacamos as questões relacionadas com permutas, critério para abertura de vagas, situação dos docentes de Língua Gestual Portuguesa e dos docentes de ensino artístico especializado e redução da área geográfica dos QZP, entre outras matérias.

Noutra passagem das suas declarações à saída da reunião, o Secretário Geral da FENPROF revelou que o ME vai analisar a necessidade de se definir, com clareza, o que é e o que não é componente letiva nos horários dos professores. 

O Ministério também se manifestou favorável à realização de ‘reuniões com as organizações sindicais para dar a conhecer critérios e mecanismos de confirmação do rigor na definição das vagas nos vários momentos de concurso (tanto no âmbito da vinculação extraordinária, como dos concursos interno e externo).’

ME responsável por metade da precariedade no Estado

Como a FENPROF tem salientado em diversas ocasiões, está hoje mais do que provado, na sequência do relatório divulgado pelo Governo sobre a precariedade na Administração Pública, que o Ministério da Educação é responsável por cerca de metade de toda a precariedade existente nos trabalhadores do Estado (46,7% do total), tratando-se, ‘especialmente, de docentes nos estabelecimentos de ensino básico e secundário’, conforme esclarece aquele relatório. 

O número, relativo a 30 de junho de 2016, é de 26.133 trabalhadores contratados a termo que, na sua esmagadora maioria, são docentes. Este problema foi destacado pela delegação sindical no diálogo com a Secretária de Estado, tendo em conta que o resultado da vinculação extraordinária aprovada está muito longe de se aproximar dos números oficialmente divulgados.

“Um regime que vincula 3.000 num ano não é o regime adequado, é muito aquém das necessidades, mas o ME comprometeu-se a ficar previsto nesse documento final global a [avaliação da necessidade de] existência de novos momentos de vinculação extraordinária nos próximos anos”, afirmou Mário Nogueira aos jornalistas.

Três aspetos negativos

No encontro realizado nas instalações da ‘5 de Outubro’, a FENPROF fundamentou as suas posições em relação a ‘três aspetos negativos’ que exigem respostas urgentes e frontais da parte do Ministério da Educação:

  • A chamada  ‘norma-travão’, que não transpõe a Diretiva comunitária que alega respeitar (a propósito, a Federação já pediu audiência ao Provedor de Justiça e vai denunciar, junto da Comissão Europeia e dos grupos parlamentares europeus, a fraude que continua a ser cometida na transposição da referida Diretiva)
  • A colocação de docentes dos quadros em prioridades distintas 
  • A inclusão de docentes com vínculo permanente de natureza privada em prioridade onde se encontram os docentes com vínculos precários à Administração Pública,

Nas declarações à comunicação social, Mário Nogueira revelou ainda que, em breve, ‘reuniremos com o Ministério das Finanças, no âmbito da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública.’

Texto: JPO
Foto: J. Caria 

Perfil dos alunos à saída da Escolaridade Obrigatória

Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória: Perfil do aluno pdf

O documento: ‘Perfil dos alunos à saída da Escolaridade Obrigatória’ encontra-se em consulta pública até ao dia 13 de março de 2017 através do preenchimento do formulário eletrónico: http://area.dge.mec.pt/perfil  

SPRA promove Seminário “O Sindicalismo Docente e os Desafios do Século XXI”

 

O SPRA promove uma formação gratuita a ter lugar no próximo dia 3 de Março, sexta-feira.

Esta formação acreditada de curta duração – seminário de 6 horas, que se intitula “O Sindicalismo Docente e os Desafios do Século XXI” terá como formador o Dr. José Augusto Cardoso, Diretor do Centro de Formação do SPN (Sindicato dos Professores do Norte).

Encontra em anexo o cartaz da iniciativa.

Inscrições abertas a todos os docentes.para smiguel@spra.pt ou 296 20 59 60

Conheça as versões finais do diploma de alteração ao Decreto-Lei nº 132/2012, de 27 de junho, e da Portaria de vinculação extraordinária.

Diploma de Concursos (aprovado em conselho de ministros)

Portaria de vinculação extraordinária

[Actualização: só no dia 3 de fevereiro, às 20.37 horas, a FENPROF tinha acesso aos textos finais dos dois diplomas]

Conhecida (2 de fevereiro) a nota enviada pelo Ministério da Educação para as redações, embora ainda não a versão final do diploma que estabelecerá um novo regime legal de concursos, a FENPROF constata que não só incluirá o que, à margem da negociação, foi comunicado aos sindicatos pela Secretária de Estado Alexandra Leitão, como agrava as próprias condições da realização dos concursos, nos próximos dois anos, para os professores que são hoje trabalhadores do Estado. 

Refira-se que:

• Pelas soluções conhecidas, a FENPROF não acompanha a ideia de que as soluções defendidas pelo ministério para o concurso interno e para a mobilidade interna garantam a promoção da justiça e equidade afirmada no comunicado; 

• O anúncio de cerca de 3000 vinculações (extraordinárias) é claramente insuficiente, tendo em conta o universos de professores que, apesar de terem um contrato a termo, se encontram a satisfazer necessidades permanentes. Registem-se, porém, as melhorias introduzidas neste âmbito no decurso do processo negocial, com a FENPROF assumir, neste domínio, um papel fundamental; 

• A redução de número de anos citado, relativamente à ‘norma-travão’, não altera a estrutura da norma, mantendo a inoperância também identificada pela Provedoria de Justiça.

• A inclusão de uma norma transitória que permitirá o concurso dos professores com emprego em colégios privados (com contrato de associação), à frente de centenas de professores que estão contratados pelo Estado, revela que o ME: 

– cede ao lobby dos operadores privados que ficam, assim isentos, de pagar quaisquer indemnizações aos professores que, eventualmente, viessem a despedir;

– atira para o desemprego professores com contrato com o ME, substituindo-os, de imediato, para as mesmas funções, por outros professores provindos do privado, violando, dessa forma, normas do Código de Trabalho;

– põe em causa a aplicação da ‘norma-travão’ do próximo ano, devido a esta substituição de trabalhadores contratados a termo pelo ME.

Esta clara opção ideológica do governo de proteger os interesses dos proprietários dos colégios (que assim podem ver-se livres de trabalhadores, sem quaisquer despesas), aprovada em conselho de ministros, é ainda mais grave porque a decisão que tomou viola o direito à negociação coletiva, ao não ter garantido o direito das organizações sindicais a pronunciarem-se, em sede de negociação, sobre esta medida agora consumada.

Apesar da existência de aspetos positivos, a confirmar no futuro diploma, já identificados no decurso do processo negocial, a FENPROF rejeita o tom triunfalista com que o Ministério da Educação anunciou em comunicado os novos diplomas.

Tendo em conta as insuficiências e as dúvidas quanto ao suporte legal de algumas medidas anunciadas, a FENPROF irá continuar os seus contatos institucionais, no sentido de ainda ser possível inverter esta situação gravíssima, e irá informar e auscultar os professores sobre as ações a desenvolver.

O Secretariado Nacional da FENPROF
2/02/2017 

SPRA em CI faz balanço do processo negocial e apresenta medidas a propor no próximo plano e orçamento regional

CI em formato pdf pdf

  

Concursos do pessoal docente na Região Autónoma dos Açores

  

O processo negocial de alteração do diploma de concursos do pessoal docente na Região Autónoma dos Açores ficou concluído, com o SPRA, no passado dia 30. Deste processo negocial, destacamos negativamente a manutenção de alguns constrangimentos à mobilidade docente no território nacional e a alteração ao cálculo da graduação profissional.

 04a

Com a nova redação do diploma, os docentes ficam com o tempo de serviço lecionado fora do grupo para o qual concorrem contabilizado com 0,5 valores por cada ano de serviço. Exceciona-se o caso dos docentes detentores de licenciaturas/cursos de dupla certificação e de cursos que conferem dupla profissionalização.

  

Recorda-se que, na Região, os anos de serviço após a profissionalização do docente têm sido contabilizados com 1 valor, para efeitos da graduação profissional, independentemente do grupo de recrutamento em que lecionava. Esta alteração é deveras significativa e irá introduzir inúmeras mudanças nas listas de graduação dos docentes opositores aos concursos, prevendo-se que muitos dos docentes que lecionam na Região deixem de o poder fazer.

  

O SPRA reivindicou, nas negociações, a criação do grupo de recrutamento de inglês no 1º Ciclo (grupo 120), o que permitiria a garantia da mobilidade entre docentes daquele grupo de recrutamento no território nacional e a admissão ao concurso nacional dos docentes da Região, devidamente habilitados, para o referido grupo.

  

No entanto, tendo em conta o anterior quadro legal, o SPRA considera que as alterações verificadas, de forma geral, foram positivas, pois todos os procedimentos concursais passarão a ser anuais, foi extinta a modalidade de concurso de provimento por três anos, e passarão a ser contabilizadas, para apuramento das necessidades permanentes do sistema educativo, as reduções da componente letiva por antiguidade. Este último aspeto é um fator que o SPRA considera poder vir a dar um contributo significativo no combate à precariedade, tendo em conta o crescente envelhecimento do corpo docente e a consequente redução da sua componente letiva. Destacamos o acolhimento de uma norma transitória proposta por esta estrutura sindical, tendo em vista a possibilidade de os docentes que se efetivaram ou mudaram de quadro nos concursos de 2015 e 2016 se candidatarem ao próximo concurso interno e interno de afetação, de forma priorizada, garantindo o princípio da não ultrapassagem entre candidatos.

  

Foi ainda acolhido um conjunto de propostas técnicas, entre outras, apresentado pelo SPRA, com vista a melhorar a plataforma dos concursos.

  

Carreira docente

  

No âmbito das propostas de alteração ao Plano e Orçamento da Região Açores, o SPRA pretende incluir um conjunto de matérias que permitam que se faça justiça, nomeadamente, aos docentes que foram sistematicamente penalizados por sucessivas normas transitórias, criadas no âmbito das transições de carreira, que nunca foram eliminadas e que levaram a que um número significativo de docentes nunca tivesse sido reposicionado nos escalões a que tinha direito. Isto é, o legislador transformou normas transitórias em normas perpetuadas no tempo, impedindo docentes de estarem no escalão a que tinham direito. Exemplo disso são os docentes bacharéis que fizeram a licenciatura nos últimos anos, que não foram reposicionados, auferindo ainda pelo índice 125, e os docentes do 1º escalão que apesar de terem 4 anos de serviço descongelados ainda se encontram no escalão inicial.

  02a

Exigência do descongelamento da carreira docente

   

As carreiras dos docentes estão hoje profundamente degradadas, fruto de anos sucessivos sem atualização dos salários ou com atualizações abaixo do que seria necessário e justo, mas, sobretudo, por via do congelamento das progressões nas carreiras, configurando um roubo de tempo de serviço que já ultrapassa os 6 anos. Recorde-se que as progressões dos docentes na carreira estão congeladas desde janeiro de 2011 e já estamos em fevereiro de 2017.

  

O descongelamento das carreiras está anunciado. O governo anterior anunciava-o para 2019, o atual para 2018 e a FENPROF/SPRA não desistiu de exigir que tal se inicie ainda em 2017.

  

Em nome da equidade e da justiça, é fundamental que o descongelamento da carreira ocorra num quadro em que os professores com igual tempo de serviço, respeitadas as regras de integração e progressão a aplicar de acordo com a Lei, a cada situação concreta, estejam posicionados nos escalões a que legitimamente tenham direito.

   

O SPRA irá desenvolver um conjunto de atividades no sentido de esclarecer e mobilizar os professores para lutar por esta justa medida. Que o tempo de serviço dos docentes seja descongelado e que as carreiras possam ser atualizadas/recuperadas ainda em 2017.

   

No limite, o SPRA defende que todos os docentes, logo em 2018, vejam as suas carreiras recuperadas e vai exigir que se criem mecanismos que, no mínimo, permitam a todos os docentes chegarem ao topo de carreira durante a sua vida profissional. Recordamos que mais de 1/3 dos docentes da Região, principalmente os que se encontram posicionados a meio da carreira, não conseguem em tempo de vida útil, pessoal e profissional, chegar ao topo da carreira!

   

Compensação pela caducidade do contrato

   

O DLR que contemplava o Orçamento Regional de 2016 introduziu uma norma discriminatória para os docentes contratados que prestam serviço nas Escolas Públicas da Região, ao limitar, contrariamente a todos os restantes trabalhadores da Administração Regional, o acesso à compensação pela caducidade de contrato.

   

Somente adquirem o direito a esta compensação os docentes que terminem um contrato a 31 de agosto e se o contrato seguinte ocorrer após o dia 31 de dezembro.

   

O SPRA vai exigir que, no próximo Orçamento Regional, esta norma seja expurgada. No entanto, considera-se de toda a pertinência a retificação das injustiças ocorridas durante o período de vigência do Orçamento de 2016.

   

   

Definição de necessidades permanentes do Sistema Educativo Regional

   

O SPRA vem defendendo, há muito tempo, que a necessária estabilização dos docentes nas escolas só é alcançável através do reforço do número de lugares dos quadros de escola, devendo, nesse sentido, serem aprovados critérios objetivos e mensuráveis para a abertura desses lugares.

  

Embora a proposta do SPRA tenha sido parcialmente acolhida, ao poderem vir a ser contabilizadas as horas de redução da componente letiva por antiguidade, o SPRA considera que também sejam admitidos os seguintes critérios para aferição das necessidades permanentes do sistema educativo:

     

A existência de turmas com um número reduzido de alunos, tendo em conta a integração de alunos com necessidades educativas especiais;

     

O desdobramento das turmas nos termos legalmente estabelecidos;

   

– Os cargos de natureza pedagógica de cuja atribuição resulte a redução da componente letiva (exemplo: Direção de Turma).

   

Docentes com mais de sessenta anos e que se encontrem de baixa médica prolongada.

    

O acolhimento destas medidas deverá ser entendido como o combate efetivo à precariedade, requerendo a vontade política para a sua efetivação.

    

Índices remuneratórios dos docentes contratados

     

              

O Sindicato dos Professores da Região Açores considera que não seria mais do que justo que os docentes contratados fossem remunerados de acordo com o seu tempo de serviço, tal como, aliás, está previsto na Diretiva 1999/70/CE do Conselho da União Europeia: No que diz respeito às condições de emprego, não poderão os trabalhadores contratados a termo receber tratamento menos favorável do que os trabalhadores permanentes numa situação comparável pelo simples motivo de os primeiros terem um contrato ou uma relação laboral a termo […]. O SPRA não desistirá desta luta, porque, para além de fazer sentido, uma vez que a formação base e a experiência são as mesmas, é uma realidade em vários países da Europa e, inclusivamente, já o foi nos Açores. Os docentes contratados não podem ser discriminados! Já lhes basta serem precários!…

   

Ponta Delgada, 3 de fevereiro de 2017

   

                                                                                              A Direção

VIAGEM À ILHA DA MADEIRA

Passeio Organizado em colaboração com o Sindicato de Professores da Madeira

De 27 de julho a 2 de agosto de 2017

Programa em formato pdf pdf / Ficha de Pré Inscrição icon word

Estadia no Hotel Alto Lido 4* (ou similar)

27 julho 2017 – Ponta Delgada / Funchal
Em hora a combinar comparência no Aeroporto de Ponta Delgada. Assistência nas formalidades de embarque e partida em avião com destino ao Funchal. Chegada e transporte privado para Hotel. À noite jantar e alojamento no Hotel.

 madeirathumb

28 julho 2017 – Funchal – Volta à Ilha zona Oeste – Porto Moniz
Pequeno almoço no Hotel e partida para a volta à Ilha zona Oeste. Iniciaremos por camara de Lobos, zona piscatória muito bonita, local escolhido por Churchill para fazer as suas pinturas. De seguida vamos ao 2º promontório mais alto do Mundo: Cabo Girão 580metros de altitude. Segue-se Ribeira Brava e Encumeada. Paragem para admirar a paisagem, em dias bonitos consegue-se ver a costa sul e a costa norte em simultâneo. Descemos para São Vicente, zona escolhida para muitos filmes e novelas por ser tão pitoresca. Continuação pela costa norte, escarpada e chegaremos ao Porto Moniz. Algum tempo para banho e almoço em restaurante local. De tarde continuação da viagem até ao Funchal.

29 julho 2017 – Eira do Serrado (Curral das Freiras)
Pequeno almoço no Hotel. Partida para Pico dos Barcelos onde se poderá apreciar uma magnifica vista panorâmica de 360 graus sobre todo o anfiteatro do Funchal. Depois sobe-se até à Eira do Serrado, miradouro com 1090 metros de altitude sobre o Curral das Freiras, vila construída na cratera dum vulcão extinto. Regresso ao Funchal. Almoço e tarde livre para compras ou apreciar a Baixa do Funchal. À noite jantar e alojamento no Hotel.

30 julho – Funchal
Pequeno almoço no Hotel. Dia completamente livre para convívio com SPM. À noite jantar e alojamento no Hotel.

31 julho – Funchal – Volta à Ilha zona Norte e Este – Santana e Machico
Peq. almoço no Hotel. Pelas 09h00 partida para visitar a zona Norte e Este da Madeira. Começaremos pela vila da Camacha conhecida pela fábrica de vimes, segue-se Pico do Arieiro, o segundo Pico mais alto da Madeira com 1810metros de altitude. Continuação Ribeiro Frio zona das trutas. Pequeno passeio a pé aos “Balcões”. Trata-se duma varanda suspensa sobre uma paisagem deslumbrante. Continuação para Faial onde teremos o almoço. De tarde visita a Santana famosa pelas suas casa típicas triangulares com tecto de colmo. Depois prosseguimos por Portela, Machico, Santa Cruz e regresso ao Funchal ao final do dia. Alojamento no Hotel.

1 agosto – Visita de Cidade e Jardim Botânico
Após o pequeno-almoço, partida para visitar o centro do Funchal. Começaremos pela Sé catedral com o seu magnífico tecto “mudéjar”, segue-se o Mercado dos Lavradores e a Fabrica de bordados com prova de vinho madeira. Em seguida subiremos para o Jardim Botânico onde poderá apreciar este lindo jardim cheio de plantas endémicas e não endémicas da Madeira. Regresso ao centro ou ao Hotel. Tarde livre para ultimas compras. À noite jantar e alojamento no Hotel.

2 agosto – Funchal / Ponta Delgada
Pequeno almoço no Hotel. Em hora a indicar transporte privativo para o Aeroporto da Madeira. Formalidades de embarque e partida em avião com destino a Ponta Delgada. Chegada e assistência no desembarque.

preco

Notas:

  

os preços apresentados incluem passagens aéreas, estadias para 7 dias em meia pensão (bebidas incluídas), excursões conforme mencionadas no Programa, taxas e seguro de viagens

  

 preço de criança até 11 anos de idade

  

o preço de adulto será reembolsável/comparticipado posteriormente, nos CTT, no valor de 179.63€ e o preço de criança será reembolsado no valor de 110.63€

  

  

  

Documentação necessária:

  

Bilhete de identidade ou cartão de cidadão válidos.

Menores de 18 anos não viajando com os Pais necessitam da respectiva autorização.

Inscrições até 27 Abril 2017!

Para mais informações e pagamentos deve contactar diretamente com a MADEIRA VIAGENS (contacto preferencial – D. Maria João ou D. Sónia Mendonça) indicando o seu número de associado(a) no SPRA.

Sede: Rua 31 Janeiro, 85 Edf. Ponte Nova – Lojas“ D” “E” e “G” 

9050 – 401 Funchal 

Telf. 291 24 11 33/4 – Fax.291 24 11 35 

NIF: 511 105  975 Alvará 38 – M – 98 

Membros IATA 64–2–0989 1 

APAVT n.º 1.224 

Grupo GEA e ACIF n.º 2437 

E-mail: geral@madeiraviagens.pt 

Website: www.madeiraviagens.pt

Em destaque