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Projecto “Viver os Direitos Humanos”

Projecto “Viver os Direitos Humanos”
O Projecto “Viver os direitos humanos”, a realizar no ano lectivo em curso, é uma parceria entre a DGIDC e a Secção Portuguesa da Amnistia Internacional (AI), que pretende envolver escolas do ensino básico e secundário que tenham Clubes, Núcleos ou Oficinas a trabalhar na área dos direitos humanos e da cidadania.

As escolas podem inscrever-se mediante a validação de utilizador (código GIASE) e respectiva palavra-chave.

Pedagogia 2007

Pedagogia 2007 em Havana

de 29 de Janeiro a 2 de Fevereiro

Educação ambiental para um desenvolvimento sustentado; promoção e educação para a saúde em meio escolar; investigação na área das ciências da educação; alfabetização e educação de jovens e adultos; formação inicial e contínua do pessoal docente; educação física, desporto e desenvolvimento social; ensino superior – estes são apenas alguns dos temas centrais do Congresso Pedagogia 2007, a realizar na capital cubana de 29 de Janeiro a 2 de Fevereiro próximos.

Já na sua 10ª edição, o Pedagogia reunirá milhares de educadores e professores de todo o Mundo, com presença acentuada de delegados da América Latina e Caribe, num dinâmico espaço de debate e de troca de experiências, com valiosos contributos para o desenvolvimento de uma educação de qualidade para todos, apontada à construção de um futuro de progresso.

O Congresso é organizado pelo Ministério da Educação de Cuba, com a colaboração de numerosas entidades internacionais, como a UNESCO, a UNICEF, a Organização dos Estados Ibero-Americanos, a Associação de Televisão Ibero-Americana e o Conselho de Educação de Adultos da América Latina.

O programa científico do Pedagogia 2007 inclui um diversificado conjunto de propostas, contemplando, entre outras actividades, conferências temáticas especiais, simpósios e fóruns de debate. A dinamização estará a cargo de especialistas e investigadores de reconhecido mérito internacional.
O programa inclui ainda a realização de cursos (antes e durante o evento) e visitas a instituições de ensino, científicas e culturais da capital.

Nos custos da inscrição e no momento da acreditação para o Congresso, está incluída uma visita a um daqueles centros. Está igualmente prevista uma exposição permanente no Palácio das Convenções, uma gala cultural (31 de Janeiro) e uma sessão de encerramento no dia 2 de Fevereiro.

A anterior edição do Pedagogia, realizada em 2005, reuniu em Havana 5395 participantes. / JPO

 

Os educadores, professores e investigadores portugueses interessados em participar no Pedagogia 2007 devem contactar com a maior brevidade possível Elisabeth Rodriguez: Best Cuba, CBN Viagens e Turismo, Lda, CC Olivais Shopping, Loja 104, Rua Cidade de Bolama, Lote 23, 1800-079 Lisboa, telef.-  218 550 884 , fax –  218550888; telem.- 963902726; e-mail: olivais.elizabeth@besttravel.pt

PROGRAMA TURÍSTICO

Hotel                                                               Duplo                                    Single

Nacional *****                                                  1.315                                      1.495

Melía Cohíba *****                                          1.335                                      1.630

Melía Habana *****                                         1.230                                      1.465

Habana Libre *****                                         1.230                                      1.465

Plaza ****                                                          1.130                                      1.280

Inglaterra ****                                                  1.130                                      1.280

Riviera ****                                                       1.120                                      1.260

Occidental Miramar ****                                 1.130                                      1.285

Chateau Miramar ****                                     1.150                                      1.270

Panorama ****                                                  1.150                                      1.285

Comodoro ****                                                 1.095                                      1.195

Vedado ***                                                         1.025                                      1.095

St. Johns ***                                                     1.025                                      1.095

Neptuno/Triton ****                                          1.045                                      1.125

Lincoln ***                                                            995                                       1.065

Kholy/Bosque ***                                                995                                       1.095

O preço inclui:

  • Voo regular Lis-Mad-Hav-Mad-Lis (ou Porto)
  • Transferde chegada para o hotel
  • 7 noites de alojamento com pequeno-almoço em hotel seleccionado
  • Transporte diário hotel/Palácio das Convenções/hotel
  • Transferde saída para o aeroporto
  • Assistência
  • Seguro de Viagem 

O preço não inclui:

  • Taxas de aeroporto e combustível (+/- 147)
  • Visto de Cuba (35)
  • Taxa de Cuba (25 C.U.C)
  • Inscrição no evento

FAZENDO O PAGAMENTO DO SINAL (EQUIVALENTE A 30% DA TOTALIDADE DA VIAGEM) ANTES DE 27 DE NOVEMBRO CONTARÁ COM UM DESCONTO DE 75  EUROS POR PESSOA.

 

PROGRAMA GERAL

Cursos pré-evento
29 de Janeiro

Cursos paralelos ao evento
30 de Janeiro ao 1 de Fevereiro

Abertura
29 de Janeiro

Conferências especiais
30 de Janeiro ao 2 de Fevereiro

Simpósios e foros
30 de Janeiro ao 2 de Fevereiro
Incluem: teleconferências, conferências temáticas, mesas-redondas
painéis, oficinas, apresentação de posters

Visitas a centros educacionais
30 de Janeiro ao 1 de Fevereiro

Exposição permanente
30 de Janeiro a 2 de Fevereiro

Projecção de vídeos e documentários
30 de Janeiro ao 2 de Fevereiro

Gala cultural
31 de Janeiro

Sessão de encerramento
2 de Fevereiro

Idioma oficial
Espanhol

QUOTAS DE INSCRIÇÃO NO CONGRESSO  

·         Delegado          150.00 CUC

·         Acompanhante   80.00 CUC

Inclui:
Delegado: credencial, participação nas sessões científicas do evento, cerimónias de abertura e encerramento, gala cultural, uma visita a um centro educacional, certificado de assistência, pasta com documentação (programa científico, CD-ROM, outros materiais), certificado de assistência e certificado de autor ou co-autor por cada trabalho apresentado.
Acompanhante: credencial, participação nas cerimónias de abertura e encerramento, gala cultural e visita a um centro educacional.


CURSOS

A quota de inscrição para cada curso será de 20.00 CUC. Inclui material do curso e certificado de participação (8 horas).

FORMAS DE PAGAMENTO

A quota de inscrição pode pagar-se já em Havana, no Palácio de Convenções, a partir das 9 horas de domingo, dia 28 de Janeiro (até às 16h30), ou na manhã de 29; nesse momento poderá seleccionar e inscrever-se num dos cursos organizados.
Em Cuba, a moeda oficial, Peso Conversível Cubano (CUC), pode adquirir-se logo na chegada a Cuba no Aeroporto Internacional “José Martí”, também nos hotéis, bancos e casas de câmbio (CADECAS), a partir as seguintes moedas: euro, dólar canadense, dólar americano, libra esterlina, franco suíço e yen, de acordo com a mudança internacional do dia respeito ao dólar norte-americano. Aceitam-se os cartões de crédito VISA, MasterCard, EUROCARD, CABAL, sempre que a casa matriz não seja norte-americana.

NORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS RESUMOS, TRABALHOS E POSTERS

O Comité Científico reserva-se o direito de aceitar ou não os trabalhos apresentados, de acordo com a avaliação que se faça dos mesmos. A aceitação ou rejeição do trabalho será divulgada oportunamente aos autores, mediante carta assinada pela Presidente do Comité Científico.
Para que possa ser considerada a inclusão do trabalho no evento, pelo menos um dos autores deverá estar acreditado.
Os resumos e os trabalhos devem ser apresentados em suporte informático, como documento Microsoft Word (97, 2000 oh XP), página A4 e fonte Arial 12, em espanhol.

Data final de entrega dos resumos: 29 de Dezembro de 2006.

ECD – Ponto de Situação Negocial

ECD – Ponto de Situação Negocial

em 20 de Novembro de 2006

 

 

Depois das reuniões realizadas, com o ME, nos dias 16 e 20 de Novembro, que corresponderam à designada fase de negociação suplementar, urge fazer um ponto de situação neste final da segunda fase de revisão do ECD.

Documentos

Última versão: datada de 19/11/2006, que resulta da reunião de dia 16.

(Editado -> Versão Final – Documento entregue pelo ME (22/11/2006)  )

Ponto de situação

As razões do profundo desacordo

Mantêm-se os desacordos de fundo, designadamente o “exame” de ingresso, as duas categorias hierarquizadas, a imposição de vagas para acesso aos escalões de topo, as quotas para atribuição de Excelente e Muito Bom, a grave penalização dos docentes avaliados com Regular (perda de tempo de serviço), o aumento efectivo do horário de trabalho, a eliminação dos quadros de escola, a discriminação dos bacharéis em diversas situações de carreira, a aplicação muito restritiva dos regimes de faltas, férias e dispensas da Administração Pública ou a aprovação de um regime transitório que continua a prejudicar e a discriminar muitos docentes. Acrescem a estas questões outras também de sentido e efeito muito negativo, tais como a supressão do direito à negociação colectiva, a eliminação das interrupções de actividade docente, o carácter extremamente burocratizado, desadequado e punitivo da avaliação do desempenho.

Estas razões são mais do que suficientes para a FENPROF rejeitar este ECD, manifestar o seu mais profundo desacordo e manter a sua disponibilidade para lutar contra ele. Uma luta que é inevitável perante um ECD que representa a negação da própria natureza da profissão docente e que introduzirá novos focos de instabilidade nas escolas, ameaçando criar uma realidade que pode fazer mergulhar o sistema educativo numa gravíssima crise, tornando muito mais difícil alcançar os objectivos pelos quais nos temos vindo a bater há longos anos, consubstanciados numa Escola Pública de qualidade que contribua para o aumento do sucesso escolar e a erradicação do abandono precoce (in comunicado de 20/11/2006, da FENPROF).

A reunião do dia 16/11/2006

Na reunião do dia 16/11, coincidente com a Vigília, o ME, claramente incomodado, surgiu com uma atitude um pouco diferente do que acontecera anteriormente: mais disponível para apreciar propostas que fizéramos em outras reuniões e criando expectativas em relação a diversos aspectos debatidos nesse dia. Muitas delas, contudo, acabariam por ser frustradas no documento datado de 19 e que resultava daquela reunião.

A reunião de dia 20/11/2006

Esta reunião foi quase o retomar da atitude fechada e inflexível do ME. Concretizou um ou outro dos compromissos da reunião anterior, mas, tendo em conta as expectativas geradas, ficou muito aquém do esperado. [Para mais informação, ver comunicado de imprensa.]

Curioso, também, foi o facto de, nas diversas reuniões, ao longo do dia, ter admitido algumas alterações que, no entanto, se aguardam para ver.

O que foi alterado nas duas últimas reuniões com o ME – constando nas versões de 15 e de 19/11/2006 – ou que aguardam eventual consideração em nova versão, que se aguarda

– Aplicação do ECD aos docentes integrados no Quadro Único do ME;

– Alteração de intervalos de classificação correspondentes às menções de Regular (menos 0.5 valor) e Bom (mais 0.5 valor);

– Possibilidade de, tal como passou a acontecer com a progressão ao 6º escalão, também a progressão aos “índices de consolação” (“escalões” 8,5 e 9,5) não exigir Excelente ou Muito Bom – a confirmar, com disponibilidade a ser comunicada na reunião com a FNE (4ª mesa negocial);

– Consagração das situações de doença e acompanhamento de filhos menores como equiparadas, para todos os efeitos, a serviço efectivo;

– Esclarecimento, no artigo 40º, n.º 6, sobre a situação de equiparação a serviço docente efectivo que não depende, apenas, da existência de um estatuto, mas também, da existência de outros enquadramentos normativos;

– Supressão da exigência de garantia de substituição para que possa ser autorizada uma falta. Fica, apenas, no ECD, o que só depende do docente: a apresentação do plano de aula;

– Possibilidade de faltar durante 10 horas/ano, à componente não lectiva, para frequência de acções de formação;

– Garantia de continuarem a poder ser dadas faltas por tempos até ao limite de 4 dias e não de 3 como antes propunham;

– Supressão de todos os requisitos de carácter retroactivo para efeitos de apresentação ao primeiro concurso de acesso. Ficou apenas a situação de doença, com redução total ou parcial ao abrigo do disposto no artigo 81º do ECD, mas sem aplicação retroactiva;

– Possibilidade de todos os docentes do 10º escalão acederem a titulares sem constrangimento imposto por vagas, dependendo, apenas de concurso, que constará de uma análise curricular;

– A dotação de vagas para a categoria de titular deixará de ser “até 1/3” para ser precisamente “1/3” – a confirmar, com disponibilidade a ser comunicada na reunião com a FENPROF (2ª mesa negocial);

– Simplificação do artigo relativo às faltas equiparadas a serviço lectivo efectivo. Ao não serem apenas identificadas algumas, não restarão dúvidas sobre as omissas. É necessário, agora, que trabalhemos no sentido de termos uma lista completa e actualizada de todas estas faltas;

– Consideração das licenciaturas obtidas em cursos de complemento de formação que tenham começado no início de 2006/2007. Comprometeram-se a considerar os que venham a terminar até 31/08/2008 – a confirmar, com disponibilidade a ser comunicada na reunião com a FENPROF (2ª mesa negocial);

– Possibilidade de serem considerados os cursos de Mestrado e Doutoramento que venham a ser concluídos até 31/08/2007 – a confirmar, com disponibilidade a ser comunicada na reunião com a 3ª mesa negocial;

– Consideração, ainda que ténue, dos Mestrados e Doutoramentos na categoria de titular, com os efeitos a repercutirem-se na progressão (bonificação de 1 e 2 anos, respectivamente);

– Redução máxima de componente lectiva manter-se-á nas 8 horas, mas só obtida aos 60 anos, passando, directamente, das 4 para as 8;

– Salvaguarda das reduções de componente lectiva de que já beneficiem os professores;

– Flexibilização do ano em que os professores e educadores em monodocência poderão usufruir de dispensa total de componente lectiva e redução para 25 do número máximo de horas de permanência na escola;

– No artigo 10º do regime de transição, os bacharéis que iniciaram a carreira no 1º escalão deverão passar a constar no ponto 4, onde estão os licenciados, e não no 5 onde estão os bacharéis de nível 1 – a confirmar, com disponibilidade a ser comunicada na reunião com a FENPROF (2ª mesa negocial);

– Consideração, para efeitos de transição para a nova carreira, das situações de mudança que deveriam ter ocorrido nos 60 dias subsequentes ao primeiro congelamento, que data de 29/08/2006;

– Criação de um Conselho Científico para a Avaliação de Professores.

O que, nestes aspectos que não são os essenciais, mas são importantes, ainda ficou de fora, tendo a FENPROF proposto e discutido a sua consideração (em alguns casos, chama-se a atenção, entrando na lógica de carreira do ME, não para a defender, mas para a atenuar ou, em alguns casos, “esburacar”)

– Aplicação aos docentes dos 8º e 9º escalões das mesmas regras que se prevêem para os do 10º escalão, ficando o “1/3” para docentes do 7º escalão que, de outra forma, verão fechadas para (quase) sempre as portas dos escalões de topo;

– Periodicidade de 3 anos para a avaliação do desempenho;

– O “Regular” não deverá provocar perdas de tempo de serviço na permanência nos escalões. Quem tiver, em toda a sua vida profissional um “Regular”, por exemplo, de 6 valores, terá a mesma penalização dos que tiverem um Insuficiente, por exemplo, de 1 ou 2 valores (dois anos de perda);

– Eliminação de itens de avaliação como as taxas de sucesso ou abandono escolar, bem como a apreciação pelos pais;

– Observação de aulas, para efeito de avaliação, deverá ter, apenas, um carácter excepcional, até por razões de exequibilidade;

– Manutenção do regime de destacamentos, ainda que se fixem limites, assentes em critérios objectivos, para as associações exclusivamente profissionais de docentes;

– Manutenção dos horários de 20 horas para o Ensino Secundário e a Educação Especial. Parecia ter havido alguma abertura na reunião anterior, mas afinal.

– Regime de reduções diferente: 1ª aos 45 anos, 2ª aos 50, 3ª aos 55 e 4ª aos 60. Como alternativa (posição de recuo máximo) aceitação da proposta do ME com actualização de 27 (do actual ECD) para 30 anos de serviço, sem exigência de idade, do requisito para usufruir da redução de 8 horas;

– Considerar como funções lectivas as que o são de facto. Por exemplo, o apoio a alunos ou o seu acompanhamento (alíneas l) e m) do ponto 3, do artigo 82º);

– Reconhecimento da existência de interrupções de actividade docente, nos períodos de Natal, Carnaval, Páscoa e Verão, nos termos actualmente previstos no ECD;

– Garantia de um regime de excepção para casos comprovadamente impossíveis de satisfazer (razões alheias à vontade do próprio) ou alargamento do âmbito das acções a considerar para efeito dos 2/3 que se exigem aos docentes, no âmbito da sua formação contínua, como relevantes para a carreira;

– Possibilidade de os bacharéis poderem aceder a titulares já no primeiro concurso, até porque muitos já se encontram no topo da sua actual carreira;

– Alargamento do regime de excepção, admitido para os que progrediriam nos 60 dias subsequentes ao congelamento, a todos os que deveriam ter progredido no 1º período lectivo de 2005/2006. Consideração, também, dos que se aposentarão e, embora mudando naquele espaço de 60 dias, já não poderão beneficiar do reposicionamento, agora em 2008.

Inaceitável! Desacordo profundo!

É, pois, fácil de concluir que este ECD é completamente inaceitável. É verdade que houve alguns avanços e correcções, fruto de muita pressão e muita luta dos professores, facto que deveremos referir e relevar. Mas não é menos verdade que os aspectos negativos são esmagadores, não só por ser este último conjunto de questões, que se referem, como, principalmente, pelas questões de fundo, essenciais, de princípio, que se destacam no início.

Continuar a lutar

Face ao desacordo, há que continuar a trabalhar nos planos institucional e jurídico-constitucional, onde existem, ainda, margens relevantes de intervenção.

Há que preparar bem o trabalho de regulamentação. Também aí existem margens de intervenção importantes que poderão atenuar alguns aspectos. E não esqueçamos que as matérias por regulamentar são muito importantes: a contratação (já em curso), a avaliação do desempenho, o acesso aos escalões de topo (categoria), a mobilidade especial, o exame de ingresso, entre outros.

Estatuto da carreira avança e dá prioridade à avaliação de professores

 
 
Estatuto da carreira avança e dá
prioridade à avaliação de professores
Está pronto e avança de imediato: o novo Estatuto da Carreira Docente (ECD) é hoje aprovado em Conselho de Ministros. Cumpridos os prazos legais de negociação com os sindicatos, o Ministério da Educação impõe o documento mais contestado de sempre pelos professores. E dá prioridade à avaliação, criando, por despacho, o Conselho Científico para Avaliação dos Professores.

“Queremos avançar com todos os procedimentos necessários para que, dentro de dois meses, quando o ECD entrar em vigor, o conselho possa começar a funcionar”, afirmou ao DN Ramos André, adjunto da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

Este “órgão de monitorização do novo regime de avaliação do pessoal docente em todos os níveis de ensino”, vai “contribuir para o estabelecimento de padrões de exigência” e será presidido pela actual inspectora-geral da Educação, Conceição Castro Ramos. Segundo Ramos André, “para que seja visto como uma instância com estabilidade, está consagrado no novo ECD”.

A ministra já tinha avisado, a 1 de Novembro, e antes do início da negociação suplementar com os sindicatos – a que era obrigada por lei -, que o texto estava pronto para ir a Conselho de Ministros. À oitava versão do estatuto, o secretário de Estado da Educação Jorge Pedreira anunciou que não haveria mais negociação. Três dias depois da última reunião com as 14 organizações sindicais que constituem a plataforma negocial do estatuto, o novo documento vai a Conselho de Ministros para ser debatido e aprovado.

“Não conhecemos mais do que a oitava versão do documento e parece-nos que as organizações sindicais deveriam ter recebido o texto final, porque ficámos sem saber qual é o que vai ser aprovado”, afirma João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação.

Também para Carlos Chagas, do Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), “é sinal do tratamento de menoridade que a tutela tem dado aos docentes”. Mais: “É um factor que pode configurar alguma ilegalidade.” É que “quando foi elaborada a última versão, a 20 de Novembro, disseram-nos que esta poderia não ser a final, que haveria ainda algumas alterações”, diz.

Para Carlos Chagas, o novo documento “diminui o estatuto social e económico dos professores”. Por isso, será contestado: “Vamos pedir a intervenção dos grupos parlamentares e do Presidente da República.”

 
Até já estava agendada para hoje uma reunião da plataforma – com vista a decidir formas de luta -, mas ganha novo fôlego com a aprovação do documento. “Sabemos que a luta dos professores conseguiu alterar alguns aspectos negativos, mas os pilares do ECD mantiveram-se”, diz Paulo Sucena, da Federação Nacional de Professores. “É por isto que os docentes se referem ao novo ECD como o estatuto do ministério e não dos professores.”
 
DN, 23/11/2006

Estatuto imposto pelo ME

Estatuto imposto pelo ME em Conselho de Ministros

O novo Estatuto da Carreira Docente (ECD) vai hoje (23/11/2006) ser votado em Conselho de Ministros. Simultaneamente, a ministra da Educação procede à nomeação de Maria Castro Ramos para presidir ao novo Conselho Científico para Avaliação de Professores. De uma assentada, o Governo acelera todo o processo do ECD que pretende ver no terreno em 2007.

Maria Castro Ramos era a inspectora-geral de Educação, sendo doutorada em Ciências da Educação e com um vasto currículo a nível nacional e internacional. Segundo fonte oficial do Gabinete de Maria de Lurdes Rodrigues, “a nomeação imediata, por despacho da ministra e em regime de comissão instaladora, prende-se com a intenção de ter completamente operacional a nova estrutura assim que estiver publicado oficialmente o ECD”.

O JN pôde confirmar, junto de fonte oficial do Ministério da Educação (ME), que a quota para titulares será de exactamente 1/3 por escola ou agrupamentos de escolas. Alguns sindicatos receavam que o ME pretendesse usar um artifício de linguagem para aplicar com flexibilidade a quantidade de vagas para a categoria mais elevada dos docentes.

JN, 23/11/2006

Representatividade Sindical nos Açores

 
SREC mede a representatividade
 
sindical dos docentes nos Açores

 

O Sindicato dos professores da Região Açores – SPRA

constitui a maior organização sindical de Educadores e Professores nos Açores.

Tendo por base os dados, da Secretaria Regional da Educação e Ciência, resultantes do levantamento efectuado em todas as escolas públicas da Região, no ano de 2006, o SPRA representa 64.4% do total de docentes sindicalizados, o SDPA 26%, o SNPL 4.1% e os restantes sindicatos 5.5%, sendo 3% destes pertencentes a Sindicatos do Continente que, tal como o SPRA, integram a FENPROF.

 

 

A medição da representatividade é essencial para que se garanta a democracia representativa.

As decisões políticas, sobretudo as que resultam de processos negociais, não podem deixar de considerar o “peso” das organizações, nem deixar de respeitar a proporcionalidade na atribuição dos seus direitos, especificamente em matéria de créditos sindicais, que continuam a ser injustamente repartidos pela SREC ao favorecer os Sindicatos menos representativos.

 

Nota: Não foram considerados nestes resultados, pela SREC, os docentes do Ensino Particular e Cooperativo, do Ensino Profissional Privado, os que efectuam descontos directamente nos Sindicatos e os que se encontram na situação de aposentados.

Concursos

 


Aprova o regulamento de concurso do pessoal docente da educação pré-escolar e ensinos básico e secundário na RAA.

 





Revê o regime jurídico do concurso para selecção e recrutamento do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, revogando o Decreto-Lei n.º 35/2003, de 27 de Fevereiro.

Abaixo-assinado de 65 mil professores entregue no Ministério da Educação

Um abaixo-assinado contra a proposta governamental de revisão ao Estatuto da Carreira Docente (ECD) assinado por 65 mil professores foi  entregue  (17/11/2006) no Ministério da Educação pelos sindicatos do sector, perante milhares de docentes que voltaram hoje a pedir nas ruas a demissão da ministra.

Arrumado em sete caixas de cartão, o abaixo-assinado – o maior de sempre subscrito – foi entregue por uma delegação da plataforma reivindicativa ao secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, no final de um cordão humano de protesto, que cercou com três voltas as instalações do ministério.

“Mais de 65 mil professores expressaram o seu desacordo com uma proposta de estatuto que representa a liquidação da profissão docente e a degradação das condições de trabalho e da dignidade dos professores. Esperamos que contribua para que o ministério altere as suas posições”, afirmou Mário Nogueira, porta-voz da plataforma sindical.

“Está na hora, está na hora da ministra ir embora”. Foram estas as palavras de ordem mais gritadas hoje durante o cordão humano, que teve início no alto do Parque Eduardo VII, onde se realizou um plenário nacional de professores e delegados sindicais que pôs fim a uma vigília de protesto de 49 horas.

O processo de negociação suplementar relativo à revisão do ECD começou ontem, tendo a tutela apresentado uma nova versão da sua proposta, com alterações que os sindicatos classificaram hoje como “passos importantes que abrangem directamente milhares de professores e que só foram possíveis graças à luta persistente” dos docentes.

Segundo as alterações da tutela, as faltas dadas por motivo de doença do docente ou de filhos maiores de dez anos já não serão penalizadas para efeitos de avaliação de desempenho e progressão na carreira, como previa a proposta anterior, e a integração dos professores do actual 10º escalão na categoria de professor titular deixará de estar dependente da existência de vagas.

Apesar de se congratularem com estas mudanças, as organizações sindicais garantiram hoje que “não há qualquer possibilidade de acordo” com o ministério, uma vez que se mantêm os aspectos mais contestados como a divisão da carreira em duas categorias, a introdução de quotas para aceder à mais elevada e a avaliação de desempenho dependente de critérios como os resultados escolares e as taxas de abandono dos alunos.

Por isso, entre 2500 professores, segundo a polícia, e 4000, de acordo com os sindicatos, voltaram hoje a sair à rua, garantindo que vão manter-se unidos e não desistirão de lutar contra uma proposta de ECD que ainda consideram injusta. “Ministra aprende, a gente não se rende”, asseguraram, em coro.

Além desta jornada de protesto, que começou quarta-feira, o novo ECD, que a tutela quer aplicar a partir de 1 de Janeiro, já motivou duas greves e duas manifestações nacionais, a última das quais a 5 de Outubro, Dia Mundial do Professor, que reuniu em Lisboa mais de 20 mil docentes.

Lusa, 17/11/2006

Instituto Açoriano de Cultura apresenta exposição de Bioarte com trabalhos de Marta Menezes

No âmbito da realização do projecto cultural do IAC-Instituto Açoriano de Cultura, é apresentada pela primeira vez nos Açores uma exposição de Bioarte, da autoria de Marta de Menezes.

Nas palavras de Inês Moreira, comissária da exposição, «o trabalho artístico de Marta de Menezes é uma prática híbrida, entre a Arte e a Ciência, entre a técnica e a ética, penetrando em questões fundamentais à contemporaneidade. Transgredindo os modelos de representação das artes plásticas, e instigando a imaginação na ciência, segue os protocolos científicos e desenvolve visões criativas sobre a actividade dos laboratórios enquanto investiga novos interfaces da arte com a biologia – prática designada de bioarte.»

Nesta exposição, a arte e a biologia convergem pelas mãos desta artista de reconhecido mérito que, fazendo uso da biotecnologia, fotografa a mente e constrói esculturas de proteínas e altera padrões de estruturas moleculares introduzindo efeitos de luz.

O seu primeiro projecto de arte biológica (Nature? 1999), consistiu na criação de borboletas vivas cujos padrões das asas foram modificados com base em objectivos artísticos, interferindo com o desenvolvimento biológico das asas levando ao aparecimento de um novo padrão nunca antes observado na natureza. As asas das borboletas continuando a ser constituídas apenas por células normais, são simultaneamente algo totalmente natural, mas resultante de intervenção humana.

Nesta exposição, que reúne quatro projectos – natureza? (nature?), nucleArt, retratos funcionais (functional portaits) e a família (the family) -, Marta de Menezes remete-nos para estimulantes reflexões sobre determinados princípios subjacentes à criação artística.

Segundo Jorge A. Paulus Bruno, Presidente da Direcção do IAC, «por todas as razões, importa, nos Açores, realçarmos esta significativa oportunidade de tomarmos contacto com estoutro modo de exercer a criação artística, no qual a arte se confunde com a ciência e onde o laboratório parece dar lugar ao ateliê.»

Marta de Menezes (Lisboa, 1975) é licenciada em Belas Artes pela Universidade de Lisboa, e tem um mestrado em História de Arte e Cultura Visual pela Universidade de Oxford. Nos últimos anos tem vindo a explorar a interacção entre Arte e Biologia, trabalhando em institutos de investigação científica demonstrando que as tecnologias biológicas podem ser utilizadas como média para criação artística. O trabalho da artista tem sido apresentado internacionalmente em exposições, publicações e palestras. Marta de Menezes é actualmente directora artística de Ectopia, o laboratório de experimentação artística no Instituto Gulbenkian de Ciência em Oeiras.

 

A exposição estará patente ao público em Ponta Delgada, de 23 de Novembro a 16 de Dezembro, na Academia das Artes dos Açores, em parceria com aquela Academia.

O consumo é o tema do novo Caderno Público na Escola

Está já à venda nos quiosques Educar para o Consumo, o quarto número dos Cadernos PÚBLICO na Escola, que pretende fornecer aos professores e aos encarregados de educação um instrumento simples para ajudar a formar consumidores responsáveis.
A publicação inclui textos recentes do PÚBLICO sobre o tema do consumo e sugestões de trabalho para incentivar uma reflexão sobre o que consumimos, o modo como consumimos e os hábitos de consumo que importa mudar, inclusivamente na escola.
Os textos podem ser aproveitados, por exemplo, em vários anos de escolaridade, nas aulas da generalidade das disciplinas, em momentos que, nesta publicação do Projecto PÚBLICO na Escola, também se indicam. As sugestões de actividades são abundantes e variadas.

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