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“A minha escola adopta um museu”

Concurso escolar
“A minha escola adopta um museu”,
2ª edição
 
O concurso “A minha escola adopta um museu” é uma iniciativa promovida conjuntamente pela Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) do Ministério da Educação e pelo Instituto Português de Museus (IPM) do Ministério da Cultura.
O concurso “A minha escola adopta um museu” consiste na elaboração de trabalhos criativos a partir de testemunhos dos acervos dos museus. Os trabalhos apresentados a concurso serão objecto de avaliação por um júri e de apresentação final em exposição num museu do Instituto Português de Museus.
O concurso é dirigido a alunos dos ensinos básico e secundário.
 
Inscrições até 15 de Dezembro.
( As escolas podem inscrever-se mediante a validação de utilizador (código GIASE) e respectiva palavra-chave. )

Concerto de Natal na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo promove na próxima terça-feira, dia 19 de Dezembro, pelas 18 horas, no Palácio Bettencourt, um Concerto de Natal.

Sob a direcção artística do maestro Duarte Rosa, serão interpretadas neste concerto, que apresentará três momentos – guitarra a solo, guitarra e flauta e um octeto vocal – obras dos compositores Isaac Albéniz, Antero Ávila, Heitor Villa-Lobos, Nestor de Hollanda Cavalcanti, Haendel e Tomás Borba.
A execução da suite Violão, por quem choras, de Nestor de Hollanda Cavalcanti, pelo guitarrista Maurício Gomes, constituirá a primeira audição mundial daquela obra.
Por outro lado, um octeto vocal, especialmente constituído para esta ocasião, interpretará apenas obras do grande compositor Tomás Borba, nascido em Angra do Heroísmo.

Arte vista pelos mais pequenos

A mostra ficará patente ao público no Núcleo de Arte Sacra instalado na Igreja do Colégio dos Jesuítas, em Ponta Delgada, até 6 de Janeiro, em horário de expediente.


Trata-se de uma exposição constituída por trabalhos dos alunos de várias escolas dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do secundário, que tiveram a oportunidade de visitar a exposição original de “Estrangeiros nas Colecções Privadas de Bonnard ao Séc XXI”, que esteve patente no Museu Carlos Machado, nos meses de Setembro e Outubro.

A referida mostra incluiu obras de Bonnard, Picasso, Sónia Delaunay, Francis Bacon, Michel Haas, Christo, Bruce McLean, Max Neumann, Baselitz, Barton Benës, Josef Felix Müller, Barceló, Keith Haring, Vitoria Lavin, Roland Roure, Richard Hambletom, Rainer Kaser, Sunny Hu, Dimitri Horta, Allessandra D? Agnolo, Tom Flint e Sean Borodale.

O corpo do toiro

João Miguel, Meneses Martins, Luz Monjardino, Francisco Bernardo, Nuno da Câmara Pereira, Dimas Simas Lopes, Cecília Ribeiro, José Espadinha, Renato Costa e Silva, Manuel Policarpo, Nuno Velho, Ramiro Botelho, Florimundo Soares, Hermano Noronha, João cutileiro, Pedro Henrique Silva, Mário Cabral, Luis Menezes, José Cruzio e Rui Melo são os artistas que participam na mostra colectiva “O Corpo do Toiro”.

A mostra, que inclui trabalhos de escultura, pintura e gravura, está patente até ao dia 21 de Janeiro.

PROPOSTA DE ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES EM ANÁLISE

 
PROPOSTA DE ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE
NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES EM ANÁLISE

O SPRA reuniu com o Secretário Regional da Educação e Ciência, em 7/12/06, para efectuar uma análise conjunta à Proposta de ECD na Região, versão 3.0, de 28/11/06. Importa, contudo, salientar que as sucessivas versões apresentadas, até ao momento, não decorrem de quaisquer reuniões de trabalho com as organizações sindicais, constituindo meros aditamentos à versão inicial.

Esta Proposta em nada melhora o Estatuto da Carreira Docente que temos actualmente. Seria nosso desejo que as dinâmicas de mudança, a ocorrerem, fossem em sentido positivo, valorizando e dignificando a nossa profissão, melhorando os horários e as condições de trabalho, promovendo um justo equilíbrio entre direitos e deveres, desburocratizando e respeitando a nossa liberdade e autonomia profissional, enfim, dando-nos paz de espírito e tempo para prepararmos e promovermos a qualidade daquilo que é essencial e que se consubstancia nas nossas aulas, que constituem os momentos de interacção, por excelência, com os nossos alunos.

De facto, esta Proposta de Estatuto Regional não vai nesse sentido. Agrava  os horários de trabalho; aumenta o número de anos em cada escalão, alongando o tempo necessário para acesso ao topo da carreira; cria dificuldades à progressão; restringe o direito a faltas; retarda os anos para que se tenha direito às reduções por antiguidade e anos de serviço, transfere funções da componente lectiva para a não lectiva, etc.

Então por que motivo o SPRA não rejeita esta Proposta de imediato? Pela simples razão de que a Proposta de ECD Nacional enferma, na generalidade, de tudo o que de mal contém a Proposta de ECD Regional, exceptuando alguns aspectos relacionados com as faltas e com a periodicidade da avaliação, que ainda pretendemos ver alterados. Em matéria de avaliação, para além dos avaliadores e dos itens de avaliação, que são comuns a ambas as Propostas, como desconhecemos os modelos das fichas ou grelhas, tanto de um lado como de outro, não podemos formular um juízo de valor que nos permita estabelecer qualquer diferenciação. Isto com a agravante da Proposta Nacional ser bem pior no que respeita às grandes questões, ou seja, “às traves mestras” do Estatuto, que tem constituído a razão essencial da grande luta dos Professores e do movimento sindical.

Uma Proposta de Estatuto Regional que salvaguarda a carreira única sem a diferenciação entre Professor e Professor titular, com todas as implicações sócio-profissionais daí resultantes; que possibilita a progressão na carreira em condições de igualdade a todos os docentes, sem a exigência da prestação de provas públicas e sem condicionalismos  administrativos que, no plano nacional impedem 2/3 dos educadores e professores de acederem ao topo de carreira, reduzindo em 1/3 o seu vencimento; que não impõe quaisquer quotas para a avaliação de muito bom ou excelente; que salvaguarda a gestão democrática das escolas, dando a todos a possibilidade de serem eleitos mediante reconhecimento dos seus pares; que consagra o contrato colectivo de trabalho, que possibilita a mobilidade no território nacional sem perda de direitos, será que é uma Proposta que merece ser desconsiderada e desvalorizada?

Além destas questões podemos referir outras, ainda que de menor importância, que não estão contempladas na Proposta de ECD Nacional, como sejam: o direito às interrupções da actividade docente, por ocasião do Natal, Carnaval e Páscoa; a remuneração pelo exercício de outras funções educativas e a gratificação pelo exercício de cargos nos órgãos de administração e gestão, incluindo os de gestão intermédia; a bonificação de tempo de serviço para efeitos de progressão, decorrente da aquisição de outras habilitações e capacitações; a dispensa do Período Probatório para ingresso na carreira a quem já tenha completado um ano de serviço; o apoio aos complementos de formação; a intercomunicabilidade com carreiras do regime geral; a inexistência de qualquer penalização por falta de formação gratuita, desde que a mesma não seja facultada na área de formação adequada e na área geográfica da escola a que o docente pertence; a salvaguarda do concurso centralizado, mesmo para efeitos de contratação, que o Ministério quer transferir para as escolas, etc.

O SPRA não fica insensível a tudo isto. O SPRA tem trabalhado e continuará a trabalhar para que os docentes, que desempenham funções nesta Região, possam ter uma opção alternativa, caso venham a reconhecer que ela serve melhor os seus interesses profissionais. É um caminho legítimo que sindicatos congéneres da Região Autónoma da Madeira já equacionam levar à discussão entre os seus associados e que, decerto, muitos dos docentes que trabalham no Continente gostariam de ter. Aliás, é com admiração que organizações e dirigentes sindicais nacionais olham para os Açores, considerando uma referência nacional estas questões de princípio que se mantêm salvaguardadas na Proposta de Estatuto Regional.

O SPRA está receptivo às mudanças que melhor defendam a profissionalidade dos docentes e a qualidade da Educação nesta Região. Será nossa preocupação ir apresentando propostas que vão nesse sentido, para que até Março, mês em que a SREC pretende concluir o processo negocial, possamos estar perante uma Proposta de diploma aceitável. Até lá vamos estabelecer com os nossos sócios e todos os docentes interessados, um diálogo que seja o mais construtivo e esclarecedor possível sobre as Propostas em confronto, para que a decisão seja tomada com o maior sentido de responsabilidade.

Merecemos um Estatuto digno, valorizador e prestigiante.

Ponta Delgada, 9 de Dezembro de 2006

                                                                                                         

 
A Direcção do SPRA

XIV Jornadas Pedagógicas da ASPEA

A Educação Ambiental procura desenvolver uma consciência crítica sobre as problemáticas ambientais mundiais, alertando sobre as nossas acções diárias.

A questão ambiental exige uma reflexão aprofundada sobre as nossas acções e o nosso olhar sobre a natureza, e os impactos causados pelas nossas interacções com ela.

 

As Jornadas da ASPEA têm-se constituído espaços de reflexão e partilha de saberes e preocupações, procurando ajudar a desenvolver uma maior consciência crítica e uma participação cidadã mais activa e eficaz.

Em debate nas XIV Jornadas Pedagógicas da ASPEA, os temas Ambiente, Saúde e Qualidade de Vida, que decorrem dos propostos para o 2º ano de implementação da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável 2005-2014.

Inscrições abertas para Jogos Matemáticos

Estão abertas, até 15/12/2006, as inscrições para o 3.º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos (CNJM). O campeonato está aberto às escolas dos Ensino Básico e Secundário e decorrem na cidade de Évora, a 9 de Março de 2007.

O CNJM é uma organização conjunta da Sociedade Portuguesa de Matemática, da Associação Ludus, da Associação de Professores de Matemática e da Câmara e Universidade de Évora. Cada unidade de ensino poderá participar na iniciativa mediante a inscrição de um aluno, a seleccionar pela própria escola.

Os concorrentes irão participar em jogos, na sua maioria de tabuleiro, cujo objectivo é testar a capacidade de utilizar o raciocínio matemático e para desenvolver estratégias.

Em http://ludicum.org/cnjm/cnjm3/ as escolas podem obter informações sobre cada um dos jogos e ter acesso à ficha de inscrição no campeonato. Na edição deste ano participaram mais de 600 alunos de 300 escolas de todo o País.

Olimpíadas do Ambiente

As Olimpíadas do Ambiente arrancam já no próximo mês de Janeiro, para os alunos do 7.º ao 12.º anos.
A partir de Janeiro, os alunos do 7.º ao 12.º anos de escolaridade estão convidados para as XII Olimpíadas do Ambiente.

As provas, que consistem num conjunto de problemas e questões sobre o ambiente, irão fasear-se em duas eliminatórias distintas. A final irá realizar-se no mês de Maio, em Albufeira.

A iniciativa decorre desde 1994, sendo coordenada pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e da Quercus.

Esta edição será dedicada a sete grandes áreas temáticas: conservação da Natureza, recursos naturais, poluição, estilos de vida, ameaças globais, política ambiental e realidade nacional.

As duas primeiras eliminatórias realizam-se nos Açores, a 11 de Janeiro e a 15 de Março. As inscrições terminam no dia 5 de Janeiro.

Mais informações: www.esb.ucp.pt/olimpiadas/

É imprescindível e inadiável que o Ministro Mariano Gago responda com clareza ao País

No âmbito da “reorganização do sistema de ensino superior”, da “aplicação do processo de Bolonha” e da “situação profissional de docentes e investigadores”, a FENPROF lançou 25 perguntas ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Professor José Mariano Gago.

A iniciativa sindical foi apresentada em conferência de imprensa realizada em Lisboa pelo Departamento do Ensino Superior e da Investigação, na manhã de 12 de Dezembro, nas vésperas da divulgação de um relatório de avaliação elaborado por peritos da OCDE. Recorde-se que o ministro afirmou publicamente o anúncio de medidas para o sector, “pondo termo a um período demasiado longo em que projectou a imagem de se encontrar largamente ausente, ou pelo menos silencioso, no que se refere ao sector do Ensino Superior”, como observou a FENPROF no encontro com os jornalistas. Aquele organismo da FENPROF esteve representado na conferência de imprensa pelo seu coordenador, João Cunha Serra, e por Mário Carvalho (SPN) e Sara Fernandes (SPZS). Nuno Rilo (SPRC) também participou no diálogo com os jornalistas.

Após a divulgação dos relatórios de avaliação da ENQA (Associação Europeia para a Garantia de Qualidade no Ensino Superior), no passado dia 22 de Novembro, e da OCDE, previsto para 14 de Dezembro, o Ministro Mariano Gago “não tem agora condições políticas para continuar a adiar a tomada de decisões” e “é muito importante que as tome bem”, como foi sublinhado pelos dirigentes sindicais.

Para a FENPROF, este é o momento para “apresentar ao Ministro um conjunto de questões que, no seu entender, a sociedade em geral, as instituições, os docentes, os não docentes e os estudantes, esperam ver respondidas com clareza”.

A resposta do Ministro a estas questões, em qualquer caso, irá seguramente ser dada pela acção ou omissão que nos próximos tempos provier do MCTES, destaca o comunicado divulgado aos jornalistas.

“Dessa actuação irá depender em grande medida o futuro do Ensino Superior, designadamente no que se refere ao seu papel insubstituível para o desenvolvimento do país e das suas regiões. O País precisa de um Ensino Superior capaz de contribuir para a tarefa crucial de elevar as qualificações da população activa, de fomentar a investigação e a inovação, com vista ao aumento da produtividade e da competitividade da economia, e de promover a elevação cultural científica da população em geral”, sublinhou a FENPROF no encontro com os profissionais da comunicação social.

Como sempre, a Federação “acompanhará atentamente a actuação do MCTES e procurará participar na definição das políticas para o sector, mobilizando para o efeito os colegas, com o objectivo que contribuir para a melhoria da racionalidade, da qualidade e da relevância social do sistema”.

Os dirigentes sindicais esperam que “o ano de 2007 represente uma mudança de atitude do MCTES, no que se refere ao diálogo e à negociação com as organizações representativas dos docentes, em particular no que concerne à revisão dos estatutos de carreira”.

Aqui se deixam, então, as perguntas da FENPROF ao Ministro Mariano Gago, algumas delas acompanhadas de breves comentários. / JPO

Reorganização do sistema de Ensino Superior

 1. Que plano de desenvolvimento e que critérios defende o MCTES para a reorganização da rede?

·         Terá em conta as necessidades do aumento da qualificação da população activa, nomeadamente da aprendizagem ao longo da vida, indispensável ao aumento da produtividade e da competitividade?

            Ou privilegiará o economicismo, tendo acima de tudo por objectivo reduzir os gastos com o ensino superior público?

O País está, em percentagem do PIB, a cerca de metade do recomendado pela Comissão Europeia na sua comunicação de 20.4.2005: “Mobilizar os recursos intelectuais da Europa: Criar as condições para que as universidades dêem o seu pleno contributo para a Estratégia de Lisboa”. Portugal gasta 1,1% do PIB, quando a Comissão estima que “2% do PIB é o mínimo que se exige”. Nessa comunicação, a Comissão “exorta os responsáveis políticos nacionais em todos os ministérios a reconhecer que colmatar o enorme défice de financiamento no ensino superior é uma condição indispensável para o cumprimento da Estratégia de Lisboa”

2. Que medidas vai o MCTES tomar no sentido de promover a reorganização da rede de estabelecimentos de ensino superior?

·         A reestruturação vai ser feita através do diálogo com as instituições, respeitando a sua autonomia, convidando-as  e incentivando-as à realização de convénios, consórcios e outras formas de cooperação, a nível regional e nacional?

Ou será feita de forma discricionária, por decreto?

A rede de ensino superior dependente do MCTES é hoje constituída por 328 instituições que foram sendo criadas, particularmente no sector público, sem obedecer a qualquer estratégia de desenvolvimento para o sector. O número de instituições no subsector: universitário público é de 69; e no politécnico público é de 105; enquanto que no universitário privado é de 86 e no politécnico privado, de 68. Existem ainda 9 instituições de ensino superior militar e policial.

3. Que regime jurídico vai o Governo adoptar para as instituições públicas de ensino superior?

·         Pretende fazer evoluir o actual Estatuto das instituições, mantendo-as na esfera do direito público, criando condições para garantir uma maior eficácia da gestão, um reforço da responsabilização social e uma mais efectiva prestação de contas?

Ou vai pretender atribuir-lhes um Estatuto de direito privado, pondo em grave risco os direitos de participação, a liberdade académica e o primado do interesse público, favorecendo a prevalência de interesses de natureza mercantil?

4. Que medidas vai o MCTES adoptar para garantir a desejável diversidade da oferta de cursos?

·         Criará incentivos, a serem conjugados com a aplicação de normas de regulação, e encorajará a cooperação estratégica entre instituições, independentemente da sua natureza, com o objectivo de alcançar um sistema integrado e diversificado de Ensino Superior, cada vez com maior relevância social e com qualidade crescente?

Ou acentuará a natureza binária ou dicotómica do sistema (universitário/politécnico)?

O relatório da ENQA aponta claramente para a 2ª opção e  a FENPROF há muito que defende a 1ª.

5. Qual o propósito da transferência para a esfera governamental do processo de avaliação das propostas de adequação dos cursos a Bolonha e das propostas de novos cursos, em contradição com a apregoada necessidade de independência dos procedimentos de avaliação e de acreditação?

·         Destinou-se, ou não, a reforçar o poder discricionário do Ministério com vista às alterações que pretende introduzir na rede?

No entender da FENPROF teria sido possível evoluir do CNAVES para a nova Agência num tempo mais curto, permitindo a realização de processos de avaliação mais idóneos e transparentes.

6. Que atitude vai o MCTES tomar quanto à aprovação dos 2ºs ciclos propostos pelos Politécnicos do sector público? Os injustificáveis atrasos (quase meio ano) na aprovação destes cursos, apesar da DGES já ter entregue ao Ministro há algum tempo a sua proposta de decisão,

·         Têm que ver com a projectada reorganização do sistema, no que se refere à racionalização da oferta de cursos no âmbito regional,

Ou resultam de uma intenção de tornar a oferta de mestrados no Politécnico uma excepção, limitando, na prática, este subsistema à leccionação das novas licenciaturas mais curtas e de cursos pós-secundárias não conferentes de grau?

Nenhum dos processos relativos a cursos de 2º ciclo, que foram entregues pelos politécnicos públicos em Março passado, mereceu qualquer resposta por parte do MCTES.

7. Que política de financiamento do ensino superior público vai ser aplicada no futuro pelo MCTES?

·         Atribuirá um financiamento de base que viabilize o funcionamento condigno de todas as instituições, a par de um financiamento por projectos que apoie as mais dinâmicas,

Ou prosseguirá no caminho da asfixia financeira que inviabilizará o seu funcionamento com qualidade e relevância social?

Não é, para a FENPROF, coerente que o MCTES defenda a importância do Ensino Superior para o desenvolvimento social, cultural, económico e ambiental do país, em particular para o aumento da competitividade da economia e, simultaneamente, reduza de forma violenta o financiamento do Estado a esse sector estratégico.

8. Que medidas irá tomar o MCTES para que a reorganização do sistema de ensino superior público não venha a implicar mais despedimentos de docentes, desperdiçando assim uma boa parte dos recursos que o Estado investiu na sua formação?

·         Garantirá os postos de trabalho, que não são demais para as necessidades do país, atendendo ao papel estratégico do ensino superior para a elevação das qualificações da população activa, bem como para a investigação e a inovação?

Ou facilitará a continuação, ou até o crescimento, dos processos de despedimento de docentes e de precarização de contratos?

9. Que medidas concretas pensa o MCTES tomar para conciliar o princípio da competitividade com os da coesão e justiça sociais no acesso e na igualdade de oportunidades ao ensino superior para as famílias com menos recursos?
Aplicação do Processo de Bolonha

10. Que balanço faz o MCTES da aplicação, até agora realizada, do Processo de Bolonha?

Em que medida é que os planos curriculares dos cursos de 1º ciclo (do universitário e do politécnico) e dos cursos de 2º ciclo (do universitário), propostos pelas instituições e aprovados pelo MCTES, nas várias áreas disciplinares, respeitam os objectivos de maior relevância social, designadamente no que respeita à sua adequação às necessidades do mercado de emprego; da prossecução de competências transversais (soft skills); da flexibilização dos percursos formativos; da disponibilização de disciplinas de formação cultural independentemente do tipo de curso?

11. Porque não foi concretizado o anunciado Grupo Dinamizador da Aplicação do Processo de Bolonha anunciada pelo MCTES em 14/10/05? Porque não foi criado um “Bolonha Follow-up Group” nacional com a participação dos sindicatos?
12. O que pensa o MCTES fazer para conseguir a adequação dos sistemas pedagógicos ao novo paradigma implícito no Processo de Bolonha (centralidade da aprendizagem dos alunos), reforçando a posição daqueles que nas instituições o procuram fazer?
13. Não parece ao MCTES que, num processo de alteração e criação de novos cursos e ainda de busca de designações atractivas para os mesmos, é necessário garantir que a designação dos cursos esteja em correspondência com o seu conteúdo curricular?
14. Não acha o MCTES que deve ser fixado o elenco das diferentes áreas de especialidade e serem criados os correspondentes colégios de especialidade, dando assim, finalmente, cumprimento a um diploma aprovado pelo MCT (com o mesmo Ministro) em 1997, e estendendo as suas atribuições ao domínio do ensino?
15. Não entende o MCTES que é preciso regular melhor o acesso, definindo condições semelhantes quanto às provas específicas, no concurso nacional de acesso, para os cursos de perfil idêntico, e regulando de modo a evitar o facilitismo no ingresso de maiores de 23 anos, tanto no subsector público, como no privado?
16. As exigências de qualidade que devem ser aplicadas vão sê-lo,

·         De modo uniforme a todo o sistema (público e privado)?

Ou vão continuar a ser toleradas situações de instituições com evidente carência de corpos docentes próprios e adequadamente qualificados, para a atribuição dos graus?

 17. Quando entrará em funções a nova Agência de Acreditação e de Avaliação que trabalhe de modo independente do Governo e das instituições?
 Situação Profissional de Docentes e Investigadores
18. Quando vai o Governo honrar a promessa feita pelo próprio Ministro há cerca de 1 ano de que tomaria uma iniciativa legislativa para garantir o direito ao subsídio de desemprego aos docentes do ensino superior e aos investigadores, caso a Assembleia da República não o fizesse então, cumprindo um acórdão de 2002 do Tribunal Constitucional?
19. Irá o MCTES tomar alguma iniciativa concreta no sentido de regulamentar (como previsto na lei desde 1993) o Estatuto do Ensino Superior Particular e Cooperativo, no que se refere à contratação e à carreira dos docentes deste subsector?
 
O Governo tem deixado estas matérias largamente ao arbítrio das entidades instituidoras, o que tem conduzido a um generalizado desrespeito pelos direitos laborais dos docentes e à inexistência, em muitos casos, de corpos docentes próprios e adequadamente qualificados, com prejuízo da qualidade do ensino.
20. Vai o MCTES legislar no sentido de suster e de inverter o aumento da precariedade dos contratos entre os docentes do Ensino Superior?

Esta situação particularmente grave no politécnico e no privado, e que, nomeadamente, contraria as condições necessárias para o exercício das liberdades académicas, da criação e da livre expressão de opinião, direitos consagrados na recomendação da UNESCO de 1997 sobre a condição do pessoal docente do ensino superior?

21. Pretende o MCTES alterar a lógica actual de quadros de pessoal docente de modo a que estes sejam de dimensão adequada e de acesso baseado no mérito académico e nas qualificações adquiridas, reduzindo as limitações de carácter administrativo que levam à desmotivação dos docentes por falta de reconhecimento da qualidade do seu trabalho?
 
Hoje no sector público os quadros são insuficientes nalgumas escolas universitárias, mas no conjunto das universidades públicas encontram-se preenchidos a menos de 2/3. No politécnico público, 3 em cada 4 docentes estão fora dos quadros, que são manifestamente reduzidos e também não estão totalmente preenchidos.
22. Quando vai o MCTES cumprir a promessa feita à FENPROF, logo após a tomada de posse do Governo, de, atribuindo-lhes o financiamento adicional correspondente, de obrigar as instituições a abrir concurso público para o preenchimento das vagas existentes nos respectivos quadros, sempre que o requeira quem esteja em condições de concorrer?
23. Como deverão ser incentivados os docentes para obterem formação na área pedagógica e para se dedicarem com maior intensidade e mais aptidão às tarefas do ensino e do combate ao insucesso escolar e ao abandono?
24. Que modificações nos estatutos de carreira entende o MCTES necessário operar?

·         Pretende criar um estatuto único para todos os docentes do ensino superior (universitário e politécnico), ou estatutos diferentes?

·         Quando se iniciam as negociações cujo começo fora prometido para Janeiro de 2006?

25. Vai o MCTES, que afirma estar empenhado em promover a emprego científico, continuar a admitir a existência de instituições de ensino superior sem corpo docente próprio e adequadamente qualificado?

O desafio está lançado.

Solo Para Tus Ojos

 
 
Enrique Valero é um pintor consagrado, dotado de reconhecido talento e sensibilidade, a nível internacional e que dispensa apresentações entre nós. Quis o destino que Enrique, nascido em Marrocos, de origens espanholas, habituado ao mundo artístico europeu, com presença marcante nos grandes centros de arte e com obra dispersa por todo o mundo, especialmente em Madrid, Paris e Londres, chegasse um dia à Terceira, onde produziu e deixou marca. Cidadão do mundo, como chegou, voltou a sair, mas a ilha teve o encanto de o chamar de volta, ainda que intermitentemente.

Radicado em Madrid, onde tem atelier, tem dividido actualmente os seus dias e a sua produção artística entre a capital espanhola e a Terceira.

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo tem assim a oportunidade e o privilégio de inaugurar no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo a nova exposição de Valero, “Solo Para Tus Ojos”. Uma exposição composta na sua maior parte por novos trabalhos e que integra também algumas obras de colecções particulares locais e de amigos. Uma visita, portanto, a dois períodos da pintura de Valero por estas paragens, uma exploração ao seu universo intimista de criador, uma viagem à sua mente criativa, entrevista pelos seus olhos, pela sua alma de artista. ?Solo para tus Ojos?- ?Só para os teus olhos? é uma exposição a não perder que estará patente ao público até dia 29 de Dezembro.

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