Sexta-feira, Outubro 4, 2024
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DREF atende à justeza das pretensões do SPRA

Ecos na comunicação social
 
 
Observe-se que, por motivo de protecção de dados, omitimos os nomes dos docentes.
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Administração Pública e Professores recusam pagar “factura da crise”: indignação ocupou baixa lisboeta

 
 

“Andamos a pagar a crise
há muitos anos”

Entre a Praça dos Restauradores e o Ministério das Finanças, no Terreiro do Paço, milhares de cidadãos que asseguram funções do Estado – da Educação à Saúde, da Administração Local à Administração Central – repudiaram energicamente esta política de ataque aos trabalhadores, que recusam “pagar a factura” da crise, quando se sabe que, na última década, perderam, em média, mais de 6 por cento nas suas remunerações, na sequência de orientações políticas de sucessivos governos.

“Andamos a pagar a crise há muitos anos”, como dizia à nossa reportagem um professor do ensino secundário, do Grande Porto, que acrescentava:
“Muito se fala de crise nas televisões, mas pouco se esclarece as pessoas sobre as verdadeiras razões e os responsáveis deste crise, assim como das opções, nos cortes, que este Governo assumiu no Orçamento do Estado para 2010…”

Das intervenções, das palavras de ordem, das inscrições nos panos e cartazes e dos depoimentos recolhidos pela comunicação social ao longo deste desfile no coração de Lisboa, sobressaíu uma mensagem que os Sindicatos têm que continuar a levar à opinião pública e aos responsáveis políticos: os trabalhadores da Administração Pública não podem continuar a pagar a crise e recusam ser o bode expiatório da situação criada no País!

Outra nota saliente foi a determinação e a confiança dos que não desistem de lutar. Como sublinhou Manuel Carvalho da Silva, Secretário Geral da CGTP-IN, “a luta tem de continuar porque o futuro não se faz com a política que eles [o Governo] apresentam, mas sim com as propostas que nós [sindicatos] desenvolvemos”.

Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF, sublinhou que o recado fica bem claro depois desta manifestação nacional, frisando que o Governo Sócrates tem de perceber que não pode resolver os problemas do País à custa dos trabalhadores da Função Pública.

José Carlos Martins, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), garantiu que a luta não vai ficar por aqui e deixou um forte apelo à unidade dos trabalhadores em torno das suas organizações representativas.

Reivindicações dos professores

Lado a lado com os outros trabalhadores, os educadores e professores que responderam ao apelo da FENPROF e dos seus Sindicatos exigiram o fim das quotas na avaliação do desempenho, a contagem integral do tempo deserviço, a gestão democrática nas escolas e os aumentos salariais para uma efectiva recuperação do poder de compra.

Uma pérola” do secretário de Estado
da Administração Pública em dia de manifestação…

A manifestação desta sexta-feira, que terá reunido mais de 50 000 participantes, reafirmou também as preocupações dos trabalhadores e das suas organizações representativas face a uma política que continua a desvalorizar as funções sociais e as responsabilidades do Estado, numa altura em que a aposta no urgente desenvolvimento económico e social deveria passar pela aplicação de políticas públicas dinâmicas e corajosas, de progresso e modernização, contribuindo, assim, para um efectivo combate à “crise”.
Indelizmente, o Governo parece mais interessado na política-espectáculo, na dramatização, na chantagem e na velha política do desrespeito agressivo pelos trabalhadores e pelas suas organizações representativas. Registe-se, a propósito, esta “pérola” do secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho dos Santos, em dia de manifestação: “A Frente Comum tem um discurso passadista, retrógrado e conservador”…/ JPO

 

Horários incompletos na Escola Profissional de Capelas

Assunto: Horários incompletos na Escola Profissional de Capelas
Sobre o assunto em epígrafe, vem o Sindicato dos Professores da Região Açores solicitar a V.Exª a resposta ao nosso ofício datado de 21 de Setembro de 2009, bem como o  conhecimento das diligências efectuadas para a resolução dos problemas detectados por este sindicato, nos horários dos docentes contratados na Escola Profissional de Capelas.

Sem outro assunto,com os melhores cumprimentos

O Presidente
 
António Lucas
(ler mais sobre o mesmo assunto aqui )

SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO OPTA CLARAMENTE PELA PRECARIEDADE DO PESSOAL DOCENTE

Após a publicitação das vagas para o Concurso de Pessoal Docente na Região Autónoma dos Açores, o Sindicato dos Professores da Região Açores manifesta o seu desacordo pela manutenção, por parte da SREF, de uma política de promoção da precariedade constatada pelo número de vagas agora apresentadas a concurso. Embora, na Região tenha diminuído, ligeiramente, o número total de alunos, foram postos, no final de Agosto, mais de oito centenas e meia de horários para contratação, tendência já manifestada em anos anteriores. Tendo inúmeros docentes se aposentado durante o ano lectivo 08/09 e outros sido colocados no continente no concurso do ano passado, apenas se pode explicar o reduzido número de vagas a concurso pela opção política da manutenção de inúmeros docentes em situação laboral precária.

       A Direcção

GOVERNO PREPARA-SE, UMA VEZ MAIS, PARA ALTERAR AS APOSENTAÇÕES ANTECIPADAS

 
A serem aprovadas as alterações às regras da aposentação antecipada, os docentes que se forem aposentar terão de penalização 6%, na idade, em vez de 4,5% por cada ano.
Observe-se, ainda que, o cálculo do período desde o início da subscrição na CGA até 2005 não será pelo último vencimento no activo, mas pelo vencimento que o docente auferia em 2005.
Uma vez mais, o Governo prepara-se para alterar as regras do jogo com ele a decorrer, prejudicando todos os docentes que esperavam aposentar-se até 2014.

A Direcção

Reuniões do Conselho Coordenador do Sistema Educativo Regional e da Comissão Permanente do Ensino Público

Nos dias 11 e 12 de Janeiro, realizaram-se, na Escola Tomás de Borba, em Angra do Heroísmo, as reuniões do Conselho Coordenador do Sistema Educativo Regional e da Comissão Permanente do Ensino Público. Dos vários assuntos tratados, o SPRA destaca o afastamento dos sindicatos da Comissão Permanente do Ensino Público. Com esta alteração, ficam os sindicatos arredados desta Comissão, que reúne com maior frequência. Desta proposta da SREF, será fácil tirar conclusões políticas no sentido de afastar os sindicatos de uma comissão que tem grande impacto no Sistema Educativo Regional.
O SPRA destaca, ainda, os inúmeros protestos dos Conselhos Executivos relativamente a questões orçamentais, nomeadamente à redução drástica das verbas destinadas à formação interna para pessoal docente e não docente e as reduções dos orçamentos globais.
Por último, no âmbito da Avaliação do Desempenho Docente, verificou-se a dificuldade de as escolas que registaram um número significativo de docentes candidatos a classificações superiores a Bom calendarizarem a respectiva observação de aulas. De notar que apenas 2,5% dos docentes da Região se candidataram a estas classificações. O SPRA reafirmou, uma vez mais, a necessidade de se rever o modelo de avaliação docente antes do prazo estipulado pela lei.

CONCURSO DE PESSOAL DOCENTE PARA O ENSINO DE PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO

Concurso de recrutamento para o exercício de funções docentes de ensino português no estrangeiro, nos termos do regime previsto no Decreto -Lei n.º 165/2006, de 11 de Agosto, na redacção anterior à dada pelo Decreto -Lei n.º 165 -C/2009, de 28 de Julho, aplicável por força do n.º 3 do artigo 3.º deste último diploma legal, a realizar para a educação pré -escolar, para os 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário, para o ano escolar de 2010, na República de África do Sul, Namíbia e Suazilândia.

Ver mais informações

Portaria N.º 4/2010 de 20 de Janeiro

Portaria N.º 4/2010 de 20 de Janeiro  
Sumário:
Espaço Aprova o Regulamento de Avaliação das Aprendizagens no Ensino Básico.Revoga a Portaria n.º 72/2006, de 24 de Agosto.

SPRA renova pedido de abertura do processo negocial

Exmª Senhora
Secretária Regional da Educação e Formação
Paços da Junta Geral
Rua da Carreira dos Cavalos
9700 Angra do Heroísmo
 

         N/Ref.                                                       Angra do Heroísmo

         03. 03/10                                                            2010-01-18

 

  
Na sequência do nosso ofício 03.205/09 e do encerramento do processo negocial de alterações aos Decretos-Lei nº 15/2007, de 19 de Janeiro e nº 270/2009, de 30 de Setembro, vem o Sindicato dos Professores da Região Açores, renovadamente, solicitar a V. Ex.ª a abertura do processo negocial, nos termos da Lei nº 23/98, de 26 de Maio, tendo em vista a adaptação à Região Autónoma dos Açores, das referidas modificações e consequente alteração do Decreto Legislativo Regional nº 11/2009/A, de 21 de Julho.

          

 

         Sem outro assunto, com os melhores cumprimentos.

 

 

                                                                  O Presidente do SPRA

 

                                                                 António José Calado Lucas

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A páginas tantas…

 

 

Mário Nogueira*                                                                                imprimir ou ver em formato pdf

O recente acordo alcançado pelos professores junto do ME é, nos tempos que correm, de grande importância e permite virar uma página de um livro que está longe de ser concluído e se chama ECD.

Foi dado o primeiro passo efectivo para o fim do “ECD do ME”… e que passo? Acaba-se, agora sim, com a imagem de marca do estatuto da era Lurdes Rodrigues: a divisão dos professores em categorias. Em alternativa, abre-se um caminho – a percorrer por todos os bons professores – sem qualquer obstáculo intransponível, desde a base ao topo (recorda-se que, com o estatuto ainda em vigor, cem mil professores ficariam parados a meio da carreira, sendo milhares os que já ficaram retidos em escalões intermédios).

Para além disso, permite-se que mais de vinte mil docentes contratados, que já provaram com trabalho a qualidade do seu desempenho, fiquem dispensados de uma prova de ingresso que não tem qualquer sentido.

Em sede de negociação e com consagração em acta, o ME comprometeu-se a antecipar em dois anos a realização do próximo concurso, permitindo a estes docentes que já no próximo ano procurem ingressar nos quadros alcançando a estabilidade desejada e necessária também para as escolas. Um concurso que, por ser generalizado, também permitirá a mobilidade, designadamente dos mais de 30.000 que foram impedidos de se apresentar ao anterior.

O acordo de princípios prevê que todos os docentes atinjam um novo topo da carreira (índice 370), prevendo uma situação transitória aplicável a quantos, entretanto, se aposentarão.

Quanto ao regime de avaliação, não se consegue perceber em que realmente corta com o anterior, apesar de algumas alterações introduzidas. A sua estrutura não rompe com as intenções mais negativas do SIADAP e os ciclos bienais continuarão a provocar instabilidades que rapidamente se concluirá serem indesejáveis, obrigando a novas alterações. Todavia, e será até esse o aspecto mais relevante, este ou outro modelo de avaliação nunca cumprirá o seu objectivo enquanto se aplicar num contexto marcado por um regime de gestão que não é democrático e tiver por objectivo poupar com as carreiras e não, verdadeiramente, melhorar o desempenho profissional.

Relativamente ao regime de transição entre carreiras, fica salvaguardado que nenhum docente será prejudicado, sendo que na maior parte dos casos haverá benefício, pois, para muitos milhares de professores, desbloqueia a progressão através de regras de faseamento. Há aspectos que serão ainda ajustados em sede de quadro legal para que não ocorram ultrapassagens e/ou eventuais novas perdas de tempo de serviço.

Este acordo, convém frisar, não encerra o processo negocial de revisão do ECD, mas permite avançar no sentido de, realmente e não apenas em palavras, caminhar para um estatuto diferente daquele que foi imposto aos professores por um governo de que o actual difere sobretudo no tipo de maioria que detém. Abrem-se, a partir de agora, dois novos processos negociais: o de tradução legal dos princípios acordados e o de revisão de outros aspectos do ECD, com prioridade para o grave problema dos horários de trabalho que sufocam as escolas e os professores. Dia 20 regressa a negociação…

Quotas na avaliação e recuperação de 2,5 anos de tempo de serviço cumprido e não contado são duas frentes de luta que os professores terão de manter, mas no quadro mais global de toda a Administração Pública, sector a que pertencem e a quem, por lei, a Assembleia da República impôs as penalizações. Ficam, pois, dois desafios: aos professores, para que, nesta luta, juntem a sua força à dos restantes trabalhadores da AP (que prossegue, já em 5 de Fevereiro, com uma Manifestação Nacional); aos partidos políticos, para que, na única sede em que é possível limpar estes dois escolhos – o Parlamento -, tomem a iniciativa e assumam a resolução destes problemas.

Este foi o mais importante acordo alcançado pelos professores nos últimos 20 anos, tanto mais que permitirá acabar com o mais grave problema de carreira com que se confrontaram.

Mas também é preciso que se acrescente: um acordo só possível devido à tremenda luta que desenvolveram e que confirma que vale a pena lutar… não ficam resolvidos os problemas dos professores, das escolas e da educação, longe disso, mas reforça-se a confiança de que, continuando a lutar, outros irão sendo resolvidos ou atenuados.

É, agora, necessário continuar a virar páginas deste livro chamado ECD, mas é preciso começar, igualmente, a abrir outros livros: o da gestão das escolas para que se recupere a democracia; o da inclusão para que se recupere o respeito; o do estatuto do aluno para que se recupere a verdade e reforce a autoridade do professor; o da reorganização curricular para que se concretize e valha a pena o alargamento da escolaridade; o das condições de trabalho para que melhore o ensino e, por consequência, as aprendizagens… entre muitos outros desta biblioteca imensa que é a educação.

É agora tempo de exigir o respeito pelo acordo e de continuar a trabalhar para que outros sejam possíveis a bem da educação, da escola e dos professores… Com a luta vamos lá!

`*Professor. Secretário-geral da Fenprof

 

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