Tal como era previsível, os resultados dos exames nacionais dos 4.º e 6.º anos, do presente ano letivo, foram melhores do que os dos anos anteriores, a tal facto não será estranha a proximidade de eleições para a República e a necessidade de demonstrar as fragilidades da política educativa do Governo cessante, no início desta legislatura, e o acerto das referidas políticas do atual Governo.
Assim, os exames aparecem, não só como um processo precoce de seriação de alunos, mas também, como um instrumento de ação e propaganda política. Aliás, todos nos lembramos do incómodo demonstrado pelos responsáveis políticos da Educação aquando da publicação dos resultados dos testes Pisa de 2012, publicados em 2013. O facto de os alunos portugueses terem melhorado naquele teste internacional foi “uma pedra na engrenagem” montada pela equipa do Ministério da Educação, exatamente porque a melhoria não podia ser atribuída ao atual Governo.
Os exames por amostragem servem para regulação do sistema educativo, os exames de final de ciclo de todo o ensino básico podem ser utilizados como instrumento de ação e propaganda política.
Angra do Heroísmo, 16 de junho de 2015
A Direção do SPRA