A iniciativa “Olhares sobre a Educação”, realizada primeiro em Ponta Delgada (2 de Maio), desenvolveu-se com o mesmo formato no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, no dia 5 (segunda-feira), com a participação de cerca de 200 educadores e professores, da Área Sindical da Terceira.
Tal como em São Miguel, os Olhares proporcionaram a reflexão, o comentário e as mensagens dos dirigentes sindicais (Mário Nogueira e Armando Dutra), dos académicos, investigadores e especialistas ligados às Ciências da Educação e ao universo dos professores (Manuela Esteves, Casimiro Rodrigues e Marcelino Mota) e também das forças políticas (Zuraida Soares -BE; Aníbal Pires -PCP; Costa Neves – PSD e Cláudia Cardoso – PS).
O encontro em Angra do Heroísmo terminou com a aprovação, por unanimidade e aclamação, de uma moção de solidariedade com os educadores e professores do Sul, envolvidos nesta data (5 de Maio), nas concentrações de protesto realizadas em Faro, Beja, Évora e Portalegre, por iniciativa da Plataforma Sindical.
Pode ler-se nessa mensagem:
“Os professores e educadores que participam em Angra do Heroísmo (Região Autónoma dos Açores), no Encontro “Olhares sobre a Educação”, saúdam os colegas do continente que, exemplarmente, construíram a unidade e lutaram contra as políticas muito negativas do actual Governo da República, concretizadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues. Unidade e luta que têm como principal referência a Marcha da Indignação dos Professores, convocada pelas organizações sindicais, que reuniu em Lisboa, no dia 8 de Março, 100.000 docentes.
“Os professores e educadores presentes saúdam os resultados obtidos na sequência dessa magnífica manifestação de unidade e determinação e consideram que, num momento em que se intensifica o ataque aos direitos de todos os trabalhadores, estes resultados assumem uma importância política e sindical acrescida, constituindo uma verdadeira pedrada no charco da intransigência e da arrogância governativa.
“Por fim, os docentes reunidos na Terceira, saúdam em particular os colegas da Zona Sul (Portalegre, Évora, Beja e Faro), que hoje se juntam e protestam na rua, deixando evidente que os resultados obtidos, tendo elevada importância, não resolvem os gravíssimos problemas que afectam a Educação em Portugal. Por essa razão, consideram que manter uma forte acção e luta reivindicativa é inevitável, perante um Governo que, de outra forma, já deu provas de ignorar as justas exigência dos professores e dos trabalhadores, por se julgar dono da verdade absoluta e ter de servir interesses que não são os que melhor servem a generalidade dos Portugueses.”