EXIGIMOS RESPEITO PELOS EDUCADORES E PROFESSORES, PELA PROFISSIONALIDADE DOCENTE E PELAS SUAS ESTRUTURAS REPRESENTATIVAS
Na linha da frente da acção sindical está a defesa da dignidade pessoal e profissional dos docentes, de uma Escola Pública de qualidade, inclusiva, para todos e da democratização qualitativa da Educação e do Ensino.
De forma inacreditável, o Ministério e a Secretaria da Educação não olham a meios para atingir fins, utilizando um discurso de desvalorização da imagem social dos professores, pondo em causa a sua dignidade e a sua profissionalidade, dizendo que ganham muito, trabalham pouco, faltam demais, que têm imensas férias, que são uns privilegiados, que a sua falta de dedicação e competência é responsável pelos altos níveis de insucesso e abandono escolares, etc, etc.
Estrategicamente tentam a inoperacionalidade dos Sindicatos, procurando calar a sua voz, neutralizar a sua acção e destruir as suas estruturas, numa atitude contrária à Constituição da República Portuguesa, que defende o aprofundamento da democracia participativa, atitude só compreensível no quadro de uma ofensiva, sem precedentes, aos direitos dos educadores e professores, procurando eliminar toda e qualquer capacidade de reacção dos docentes, através da aniquilação das suas estruturas representativas.
Este ataque injusto e culpabilizador dos docentes, associado a uma atitude prepotente, anti-negocial, anti-democrática e usurpadora de direitos, vai merecer uma resposta firme e determinada de contestação a esta política da Ministra e do Secretário da Educação, através de uma grandiosa greve que se realizará no próximo dia 18 e que mereceu a convergência de esforços dos Sindicatos filiados na Internacional de Educação, nomeadamente da FENPROF.
Vamos todos mostrar um cartão amarelo ao Governo, de modo particular aos titulares da pasta da Educação, fazendo com que sintam o nosso descontentamento, a nossa indignação e a nossa revolta, lembrando que foi a classe trabalhadora que os colocou no poder.
No dia 18, vamos, mais uma vez, dizer NÃO a esta política despudorada de ataque à classe docente, da qual muito depende o futuro de Portugal.