FENPROF lança questionário (aqui) sobre as condições de exercício da profissão
O encerramento de escolas colocou os docentes perante novas exigências, obrigando-os a desenvolver competências até agora menos necessárias e a fazer um grande esforço para garantir que todos os alunos continuem a contar com um apoio e acompanhamento que, bem sabemos, não será possível garantir com a mesma adequação.
Daí que seja necessário acompanhar os docentes nesta nova situação e conhecer as dificuldades por que estão a passar, bem como a avaliação que fazem, designadamente, do apoio que têm tido.
Assim, a FENPROF divulga um QUESTIONÁRIO, com o qual pretende fazer um levantamento da opinião e da situação dos docentes em relação a esta nova realidade.
A FENPROF divulgará os resultados que venham a ser apurados, numa primeira apreciação ao ensino a distância e às condições em que se está a desenvolver, no início de maio.
Este ano letivo é completamente atípico e estranho, pois com a pandemia que afeta o mundo, o nosso país foi obrigado a dar respostas excecionais para este tempo invulgar.
O encerramento de escolas era uma inevitabilidade, indispensável para travar o contágio e evitar que o número de mortes atingisse valores ainda mais trágicos, como em outros países, sendo essa a razão por que a FENPROF, depois de participar, em 7 de abril, na reunião, promovida por Presidência da República, Assembleia da República e Governo, com epidemiologistas e especialistas de saúde pública, apresentou ao Ministério da Educação, em 8 de abril, propostas que, de uma forma geral, convergem com as medidas que foram anunciadas no dia 9 e integram o DL n.º 14-G/2020, de 13 de abril.
É claro que o encerramento de escolas colocou os docentes perante novas exigências, obrigando-os a desenvolver competências até agora menos necessárias e a fazer um grande esforço para garantir que todos os alunos continuem a contar com um apoio e acompanhamento que, bem sabemos, não será possível garantir com a mesma adequação. Não é igual trabalhar-se com os alunos a distância ou com todos presentes em salas de aula, fisicamente identificadas como tal.
É natural que, perante uma situação inédita, como esta, muito do que está a ser feito necessitará de ser ajustado ou mesmo alterado. A FENPROF, neste tempo estranho, continuará a intervir junto do Ministério da Educação (como já fez em relação à avaliação do desempenho, formação contínua, observação de aulas e progressão, para garantir que não haverá penalizações), apresentando propostas para melhorar as condições de trabalho dos professores.
Nesse sentido, está a ser divulgado, com recurso ao correio eletrónico e às páginas dos sindicatos e da FENPROF, bem como às redes sociais, um questionário no qual é solicitado aos docentes que respondam e façam chegar à FENPROF as opiniões, preocupações e sugestões que têm sobre este trabalho desenvolvido a distância, as quais constituirão a base das posições e propostas que a FENPROF apresentará ao Ministério da Educação.
No questionário enviado aos docentes, a FENPROF entendeu dever referir, ainda, que, embora o ME tenha celebrado um protocolo com a empresa Thumb Media, parceira em Portugal da YouTube, incentivando os professores a gravarem as suas aulas, pondo-as a circular, a FENPROF não só manifesta sérias reservas em relação a esse tipo de procedimento, pelas mais variadas razões, que vão dos direitos de imagem à apropriação indevida de trabalho intelectual, mas também quanto à eventual utilização abusiva das gravações, no todo ou em parte, que, como já se conhece, introduzem um novo fator perturbador.
O Secretariado Nacional