Nessa reunião, a ministra disse «pela primeira o país associa os resultados não apenas à “performance” dos alunos, mas também ao trabalho das escolas e dos professores, para o melhor e para o pior».
Em reacção, a APM, organização presidida por Rita Bastos, criticou a «ausência de sentido pedagógico» e a «leitura muito simplista e redutora do que é esse trabalho e a educação».
De acordo com Rita Bastos, no próprio dia em que a notícia saiu a APM recebeu um telefonema do director-geral de Inovação Curricular a dizer que a Associação devia deixar a Comissão de Acompanhamento.
A presidente da APM disse ao Público que foi solicitado ao Ministério que formalizasse por escrito a sugestão de saída daquela comissão, o que não veio a acontecer.
No final do mês de Maio, numa reunião da Comissão de Acompanhamento em que a APM esteve presente, o director-geral, Luís Capucha, reiterou o «convite» à saída, justificando que o facto de a Associação pertencer à Comissão de Acompanhamento não lhe dava o direito de se manifestar publicamente.
Nesse dia, a APM abandonou a Comissão, referiu Rita Bastos ao Público.
O assessor de imprensa do Ministério da Educação disse apenas ao jornal que, com a divulgação do comunicado, a Associação de Professores de Matemática se «auto-excluiu» do processo.
A APM entende que como Associação Profissional tem o direito de manifestar as suas opiniões lembrando que as declarações da ministra também foram públicas.”