“A democratização do ensino é não só uma exigência ética e moral como também condição indispensável ao desenvolvimento integral dos humanos e imperativo do desenvolvimento económico e do progresso social e cultural do País”, afirmou Paulo Sucena na sessão de abertura do 9º Congresso Nacional dos Professores, que decorre na Faculdade de Medicina Veterinária, em Lisboa, até ao próximo sábado.
O dirigente sindical, que neste Congresso cessa funções de Secretário-Geral, deixou um forte apelo a todos os educadores e professores “no sentido de continuarem a dar mostras de firmeza e de jamais renunciarem, por mais exigente que ela seja, à caminhada com vista à edificação de um sociedade plenamente democrática e à construção de uma Escola da mais alta qualidade para todos”, apontada à “preparação de cidadãos livres, intervenientes e críticos, detentores e utilizadores dos instrumentos necessários à edificação de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais solidária”.
“Dar mesmo prioridade à Educação. Prestigiar a Escola e a Profissão Docente” é o lema que preside aos trabalhos da assembleia magna da FENPROF, que reúne mais de 800 delegados, em representação de todos os sectores e níveis de ensino e dos sete Sindicatos que constituem a Federação: SPGL, SPN, SPRC, SPZS, SPM, SPRA e SPE.
A sessão de abertura, dirigida por Rita Pestana, foi marcada ainda pela intervenção do Professor Doutor António Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa, que afirmaria a dado passo: “Quem escolheu ser professor, escolheu a mais impossível, mas também a mais necessária de todas as profissões. E sabe que não vale a pena acreditar que podemos tudo, que podemos tudo transformar. Não podemos. Mas podemos alguma coisa. E esta alguma coisa, é muitas vezes, a “coisa decisiva” na vida das nossas crianças e dos nossos jovens”.
O debate e aprovação do Programa de Acção da FENPROF para o triénio 2007-
Deste Congresso e da eleição do novo Conselho Nacional sairá o novo Secretariado Nacional da Federação e respectivo Secretário-Geral.
A apreciação do Relatório de Actividades da FENPROF no período compreendido entre Abril de 2004 e Março de 2007 é um dos temas em destaque na ordem de trabalhos deste Congresso, que regista ainda a presença de dezenas de convidados nacionais e de representantes de organizações sindicais de professores de vários países, nomeadamente da Europa e de África, e da Internacional de Educação (IE). Na sessão de abertura esteve presente uma delegação da CGTP-IN, dirigida pelo seu secretário-geral, Manuel Carvalho da Silva.
Constituída em Abril de
Como destaca o 9º Congresso, “o ensino público, constitucionalmente consagrado, é um direito de todos e uma incumbência do Estado, a quem compete criar e manter uma rede pública que cubra as necessidades de toda a população.”