O presidente do Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA) adiantou, no final do plenário, que o resultado do escrutínio “não significa uma adesão incondicional à proposta regional”, uma vez que irão decorrer plenários idênticos nas restantes ilhas açorianas.
“Este é um primeiro plenário de um conjunto que vamos realizar em todo o arquipélago”, afirmou Armando Dutra, acrescentando que só depois o sindicato vai apresentar a sua posição à tutela.
Para Armando Dutra, a questão das faltas e da avaliação contempladas na proposta de estatuto regional suscitam discordância por parte dos professores e merecem ser “melhor ponderadas”.
“Estou confiante que ainda vamos introduzir mais algumas alteração no estatuto regional”, frisou o sindicalista, alegando que “em democracia o diálogo é essencial, até porque nenhuma das partes tem toda a verdade do seu lado”.
O novo estatuto da carreira docente nacional entrou em vigor sábado.
A divisão da carreira docente em duas categorias (professor e professor titular), com quotas estabelecidas para subir de escalão e aceder à segunda e mais elevada, é uma das principais mudanças introduzidas e que têm sido alvo de grande contestação por parte dos sindicatos do sector.
Na região, a proposta de estatuto mantém uma carreira única, sem diferenciações, possibilitando a progressão na carreira em condições de igualdade entre todos os docentes e não impõe quotas ou outros mecanismos administrativos que inviabilizam a progressão.
Na próxima quarta-feira o SPRA vai realizar um plenário idêntico ao de hoje com os professores da ilha de São Jorge.
Nos Açores leccionam cerca de 5.000 professores nos vários graus de ensino.
22-01-2007 – Lusa