Nesta aldeia global,
todos procuram o seu lugar
uns, economicistas praticantes,
associados a posições de poder,
e outros, profissionais decentes,
que lutam contra esse mal
tentando, sempre, contra a maré remar.
Estes últimos não o fazem por querer ser diferentes
mas sim! Porque sabem! O que fazer!
Porque têm orgulho em ser docentes!!
E, neste sentido, ouvimos a evolução da educação,
tão bem relembrada pela colega Teresa Vasconcelos,
que só nos vem dar razão
pois, através da história podemos provar
que, ao contrário do que somos acusados,
não nos guiamos por uma emoção demagógica,
nestas governações de verdadeira desorganização,
mas devemos equilibrar emoção/ razão e convencê-los
que com seres humanos estamos a lidar.
E sim! Vamos misturar águas presentes e passadas
para credibilizar os nossos objetivos pedagógicos
porque, os nossos sonhos não são utópicos,
as nossas crianças não são números
e nós não somos, apenas, disponíveis!
A colega Adelaide Ribeiro
centrou-se na autonomia curricular,
e na procura de consistência
pois, o receio da ambiguidade,
devido a tantas reformas e medidas,
fez aumentar a insegurança educativa
e os objetivos, supostamente mais exigentes,
levam-nos a, cada vez mais, questionar
serão estas as medidas mais inteligentes?
Será que este espirito alcoviteiro,
que domina e não permite avançar,
obrigando-nos a uma cega obediência,
onde prevalece a índole da maldade
em almas pasmas e adormecidas,
de economicistas que se julgam Divas,
só sugando para parentes e aderentes,
continuarão impunes a dominar
e nós, apenas, deixamos acontecer?
A colega Ana Paula Pires
abordou a avaliação e a sua operacionalização
demonstrando que, os economicistas praticantes,
comprometedores oficiais da educação,
procuram solucionar uma lacuna social,
chantageando e esmagando um setor
que é a base de um pais civilizado.
Não somos nem queremos ser mártires
apenas porque sentimos desmotivação!!
Aliás, a prova é que estamos aqui presentes
porque encaramos os nossos objetivos com convicção
e, mesmo que de nós falem mal,
porque não temos medos, receios ou pudor,
continuaremos a lutar pelo nosso sonho profanado.
Quanto há obrigatoriedade, ou não,
sobre o último ano do pré escolar,
a colega Antónia Fialho explicou bem:
Sim! o mesmo deve ser obrigatório,
até porque esta é uma ambição
defendida pelos docentes deste setor.
Resta-nos, então, pressionar e esperar,
que os economicistas sem coração,
deixem de teorizar e passem a concretizar.
E mesmo que não interesse a mais ninguém
e vivamos neste constante purgatório,
não deixamos o pré escolar ser uma ilusão
e contra os loucos vamo-nos, sempre, opor.
Os diferentes ciclos e a sua articulação,
que pela colega Cremilde Canoa foi explorado,
mais uma vez veio reforçar
como este assunto é delicado
e, sem dúvida, fundamental,
mantendo com o 1º ciclo uma ligação especial.
Não! não queremos que unam as mãos
mas sim caminhem lado a lado,
parceiros nos objetivos a trilhar,
com argumentos bem fundamentados
mas no seu lugar, cada qual,
para ninguém confundir e levar a mal!
As crianças não são tábuas rasas,
como a colega Graça Sousa explicou.
No entanto, e com pesar constatou
que os tais economicistas com o poder,
entendem as creches como solução social
e não um direito constitucionalizado.
Ao camarada Mário Nogueira o encerramento competiu
e, como resumo, fez o favor de esclarecer:
aos 3 anos a obrigatoriedade deve ir,
mas não como guarda de meninos
porque a dignidade da profissão deve prevalecer.
As metas curriculares são um instrumento,
usado como medidor oficial,
que, para os exames, se tornam o fundamento
independentemente de a verdade ser pouco factual.
Com a Troika um compromisso o governo assinou
e dele não podemos escapar, portanto não vamos assumir que já passou
e, ilusões, não vale a pena criar.
Um corte substancial a educação vai sofrer,
com a precisão de um golpe assassino,
levando-nos à sensação que nada há a fazer.
e a viver num clima de cinico fingimento.
A 1 de fevereiro, para todos, começa a mobilidade especial
e, cada um, diretamente ou não, será abrangido.
portanto, nada mais voltará a ser igual
mesmo que digam que o assunto está resolvido.
Mas, para além destes assuntos, não podemos esquecer.
– A municipalização,
– a privatização,
– a carreira docente,
– a tabela remuneratória pública
– e todos os demais compromissos.
E agora fica este desabafo:
Será que a eles, economicistas, ninguém lhes ensinou
que para em sociedade se viver
é preciso as pessoas valorizar e respeitar?
Talvez, colegas, seja hora do povo legislar,
para obrigar quem ostentosamente nos governa,
o pré escolar voltar a frequentar
e pode ser que, assim, consigam aprender, sem estar sempre numa de muda e alterna,
o que significa com valores crescer e, facilmente, puderem ser:
Respeitadores;
Integros;
Honestos
Justos
Solidários
Humildes!