O Primeiro-Ministro José Sócrates sabe muito bem que a FENPROF e os seus Sindicatos não defendem, nem alguma vez defenderam que o Ministério da Educação contratasse mais professores do que os necessários.
O que a FENPROF sustenta é que a boa eficácia pedagógica justifica a contratação de mais professores para as nossas escolas, nomeadamente professores de apoio para turmas e para alunos que revelem, mesmo temporariamente, problemas comportamentais e dificuldades na aprendizagem, para apoio adequado a crianças com necessidades educativas especiais.
O que a FENPROF defende são medidas de melhoria das condições de trabalho nas escolas e que promovam as boas aprendizagens dos alunos.
O que a FENPROF reivindica é o ataque a problemas estruturais como as baixas qualificações da população, o abandono e o insucesso escolares, combates para os quais o país tem os docentes de que necessita mas que o Governo teima em desperdiçar.
É, pois, um triste sinal dos tempos ver o Primeiro-Ministro do nosso país, nas suas declarações na Escola Sec.
A FENPROF não pode deixar de condenar, ainda, a insensibilidade e irresponsabilidade sociais e o desrespeito pelos 40 mil professores e suas famílias que vivem momentos muito difíceis, bem diferentes da facilidade com que o Primeiro-Ministro os quis comentar.
O Secretariado Nacional