18 Novembro já marcou lugar na história e na luta do movimento sindical docente
Uma grande greve e uma combativa (e ruidosa) manifestação nacional em Lisboa, com milhares de educadores e professores oriundos de diferentes regiões do País, fizeram do dia 18 de Novembro uma expressiva afirmação de unidade e luta pelo direito à dignidade social e profissional dos docentes, que uma vez mais rejeitaram a política de desastre e de desestabilização que marca o ritmo da governação no Ministério da 5 de Outubro. Uma orientação que, como salientou Paulo Sucena nesta magnífica jornada, vai “conduzir a actual equipa ministerial para o abismo político”.
Uma greve com elevados índices de adesão (ver dados provisórios na coluna do lado direito), que levaram ao encerramento de muitos estabelecimentos de ensino, por um lado, e a uma participação nunca vista em muitas escolas, por outro, a par de uma impressionante manifestação com mais de 10 000 educadores e professores, que ligou o alto do Parque Eduardo VII à Av. 5 de Outubro, mostraram ao Governo e aos políticos do ME a dimensão real da indignação e do protesto dos docentes portugueses, fartos de “serem enxovalhados pelo poder político”, como lembrou o secretário-geral da FENPROF, na concentração realizada ao princípio da tarde, onde também se registou a intervenção de Carlos Chagas, secretário-geral do SINDEP.
Na concentração final, junto ao ME, onde os manifestantes já chegaram ao anoitecer, foram aprovadas por unanimidade a resolução e a moção que aqui deixamos, documentos que foram entregues a um representante do Ministério por uma delegação conjunta da FENPROF e do SINDEP.