Foi em 1857 que mais de uma centena de corajosas operárias têxteis de Nova Iorque morreram ao lutarem por salários justos e pela redução da jornada de trabalho. Recusavam, já nesse tempo, a discriminação e a exploração patronais, que lhes impunham menos de um terço do salário dos homens, que as obrigavam a trabalhar entre 12 e 16 horas diárias e lhes exigiam ritmos de trabalho desumanos e sem descanso, que lhes recusavam direitos elementares de protecção da maternidade e de apoio à família. Fizeram História, essas mulheres, e projectaram para as gerações futuras o seu exemplo, a sua determinação, a sua coragem e a justeza da sua luta, em razão de condições de vida dignas, da justiça social e da igualdade entre os sexos. 150 Anos depois – apesar da existência de normas internacionais, europeias e nacionais que estabelecem a igualdade de mulheres e homens e proíbem as discriminações no plano formal – na prática, deparamo-nos com problemas semelhantes, ainda que com dimensões diferentes, já que a essência da natureza de classe do capitalismo se mantém inalterada. 150 anos depois, no ano que a União Europeia instituiu como da “Igualdade de Oportunidades para Todos – Para uma Sociedade Justa”, as trabalhadoras portuguesas inscrevem, ainda, entre os seus objectivos de luta:
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8 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Pela Igualdade e pelos Direitos
Mudança de Políticas – SIM!